quarta-feira, 31 de março de 2010

Cama Fria

porque me tomas
mulher
se não me ama
pra que serve tantas juras
se teus desejos
pecorre outros corpos
e em meu cólo
nunca repousa tua dor.
solte o teu veneno
porque assim me faz mais bem
que este sentimento que encena.
deixe minha dor descansar
e meus olhos repousarem
no silêncio da angústia.
Deixe-me ver o por-do-sol
para que eu perca o medo do sol da manhã
e os meus fantasmas
possam descansar.
que prazer te traz / te faz
assistir essa derrota
e ainda dividir o leito de morte
como se nada acontecesse aqui dentro.
o que te consome mulher
ódio, demência ou morte.

terça-feira, 30 de março de 2010

porque eu sou é o amor

[in memóriam]

sobre o cimento nu
cacos de um vaso.
rosa que era rubra
agora esta murcha.
um vaso sem flor
um poeta sem amor.



a ponte
 [para anibal beça]

seja você
não perde a hora
passe a bola
não tenha receio
arrisque de vez
olhe pra frente
não faça rodeios
caminhe sem medo
o tempo passa
mate os fantasmas
não se atrase
ou poderemos chorar
acelere os passos
não somos crianças
os sonhos não envelhecem
porem aqui somos mortais
no sono o descanso
acordado os sonhos
num minuto um beijo
noutro um adeus
tic tac lembra o relógio
a luta não para
pobre pagão
morre indigente
mesmo chorando
não bebe seu leite
plante uma flor
e cultive as abelhas
e se tivermos sorte
sem medo da morte
um brinde há vida.


 

quarta-feira, 10 de março de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

declaração de amor a 2 homens que amo

[para lioh e francisco]

"dispesso-me de você
não porque deixei de te amar
mas para que eu possa ser feliz"

quando o cansaço bater
a desmotivação me pegar
não me deixem parar
apenas puxem os bancos
e olhem a lua comigo.
nesses dias down
meus olhos pedem o fim
nem o tim consigo ouvir
as poesias que não chegam
mas não desistam de mim.
espectros
espectadores
eu sou a televisão
beat beat beat beat
deixem ferver meu coração
mesmo que frio mesmo que gélido
há chama há fogo há calor
beat beat beat beat
na praça os bancos
pedem uma roda de amigos
01 violão
mas como pode
poeta sem teZão olhar a lua?
beat beat beat beat
seria isso 01 convite
ao suicídio anunciado?
la vai la vai la vai
01 poeta de alma lavada
beat beat beat beat
.

escravos

há os que se fazem escravos da mídia
há os que se fazem escravos da gula
há os que se fazem escravos da vida alheia
há os que se fazem escravos do virtual
são muitos os que se fazem escravo do nada
o mais triste porem
há os que se fazem escravos do outro.

terça-feira, 2 de março de 2010

essas minhas asas lindas

"a minha felicidade depende de mim.
dos outros pode depender a minha tristeza."


não vou rasgar os meus
sonhos
acesa
se encontra a luz desses meus caminhos.
essas cores, que saudades das cores.
o sorrisa que chega
o perfume que me brinda
o calor que se aproxima
não me permitem parar.
dona tereza tá menina
levadasapecaserelepe
derruba no chão
quando não lhe dão atenção.
a tempos não ouço meu rock
scoprions, creedance, kraftwerk
gritam por mim.
enya, tristânia, nightwish...
e eu que não viajo a tempos
nem nas meninas
acorda jurandir.
meu bolso
vazio
não grita não berra
pede é poesia.
se o bolso parece distante
minhas mãos
chegam facilmente as estrelas.
kerouackerouackerouac
beat
beautiful
nananenenqueacuca...
nada distante ao meu redor
saindo disso...
meolhemeninameucorpotechama
muito além disso
muito além disso
me leva me ganhe me tenha
o céu nosso estrelado de cada dia.