sábado, 27 de fevereiro de 2010

vinho... [e essas rosas vermelhas]

invada

pensar em você
é como desejar o impossível
e sonhar com o inexistente
é querer 1 pedaço do céu
teu beijo
teu abraço
1 eterno afago.
é colher flores em dias de outono
e acordar com a aurora boreal
invadidno meu quarto pelas manhãs
é banhar-se nas garoas
em dias de verão
e sentir o olor da primavera
nas 4 estações.
é pedir a Deus
1 bis da existência
e ainda assim,
querer eternizar cada momento.



aquele momento

drummond amaria
quintana
se perderia...
você...
banhada de ouro
banhada de luz
luz do luar
ah... tão bela
encanto que encanta
bobos
os que não se encanam.
essa beleza quase mística
fazendo uma revolução
neste meu corpo humano.
quero brincar com você
brincadeiras de gente grande
com a pureza das crianças.
cada instante com você
1 instante eterno
e docemente, inesquecível.
tua beleza
impossivel comentar
Jabbor não conseguiria
tua beleza
impossivel de retratar
larama, portinari, konsta, godô...
tua beleza
impossivel compor
renato, tim, jobim, cartola...
ah...
esta sua essência única
e que teins ainda na alma
o perfume dos lírios do campo
apena judia mais
o coração de 1 poeta apaixonado.
 

fique

bom mesmo
é ter você ao meu lado
tua presença
a certeza de 1 novo amanhã.
estar contigo
é esquecer momentos de dores
a certeza de um renascimento
é sentir um fogo gostoso
queimando no corpo
é sempre acordar
com o sol pela vidraça
e entre este sol e vidraça
o canto dos pássaros
[senhorita - este é o canto]
ter você é...
é cantarolar debaixo do chuveiro
ter você é...
ter uma vontade louca de...
[são tantas as vontades loucas]
ter você é...
é perder o medo da morte
ter você é...
é olhar para o céu e...
obrigado pai.


"esses poemas foram escritos entre maio e julho de 1991.
estava com 15 anos. putz, um dia fui romântico"

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

eu vou ficar

dona tereza não virou nome de rua
nem anízia nome de zoológico
não tem sua foto em petshops
mesmo tendo em seus nove partos
      entregue 09 animais ao mundo.



debaixo desso sol sempre quente
um livro de lida junto ao olhos
numa bomba prestes a explodir
as mesmices das meninas diante
as vitrines
caras-pálidas-computadores-pare
ontem e os 07 índios do meu lado
pegaladrão-escondi-escondi-queimada
arco-flexa-zarabatana-tudojáeramané
ontem e os 07 índios do meu lado
a inquietude
a invasão
a janela da visinha aberta
q delícia q delícia q tentação
o dedo q cutuca
o berne q esperneia
a ferida q sangra
q delícia q delícia q tentação
a maquina de senha logo adiante
cheiro de carne queimada
algum índio berra
barulho de bala e não é perdida
algum bailarino jogado numa viela
não quero virar heroi
pobre gosta é de bandido
lula-lá-nasce-uma-estrela
lula-lá-nasce-uma-esperança
me diga que música você ouve
que eu te direi quem és
as bandeiras
so existe na cabeça de quem não tem eira
as flores vermelhas perderam espaço
love agora so orkut e messenger uai
marido de dona maria morreu assaltado
direitos humanos ninguem no velório
tudo duro
tudo duro
nem tudo.



já dito antes;

"sempre pensamos que mundo deixaremos para os nossos filhos quando deveríamos pensar em que filhos estamos deixando para o nosso mundo"

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

esse silêncio

nada me assusta mais que o silêncio.
o silêncio me faz mais medo que esse sol que judia e inibe até as poesias.
o sorriso mais distante que os pensamentos que divagam no infinito e alguns momentos bacanas surgem nesses almoços com o joão que é aroldo que é pereira que faz um parangolé.
amo esse kara.
odeio esse kara.
amo esse kara.
joão que é aroldo que é pereira, como eu, longe de seu amor e distante do universo mas catando os sorrisos debaixo desse sol sempre quente.
essa poesia serve para que?
não conseguí matar o presidente.
não conseguí um sorriso de zifina.
um sorriso sincero que quero.
olho para joão que é aroldo que é pereira e,
como ele
queria ser um kamicase desse vermelho que é o amor.
so não quero atirar no meu pé joão!
não bateu um medo quando você suicidou o amor?
te amo joão.
te odeio joão.
te amo joão.
joão que é aroldo que é pereira...
não fui ao cinema.
não desfilei minhas mãos bobas entre as pernas dela.
nem excitado fiquei.
irei ao cinema viu joão?
zifina não me convidou para ir ao cinema. eu vou ao cinema.
joão, quando eles te devolverem seus 2.000,00 você me paga uma pizza de banana?
leva wander não!
ele lambe o prato na frente de todos!
dona juscelina linda de olhar triste sente seu silêncio.
eu também amo dona juscelina. dona juscelina é punk.
joão que é aroldo que é pereira.
te amo
mas te odeio
mas te amo.
façamos nos entender joão;
precisamos romper esse silêncio e irmos ao cinema.
você e sua flor.
eu e minha flor.
precisamos criar juizo joão.
ana clara/ana victória/ítalo/luã/maíni
me chamam.
joão eu te amo
mas te odeio
mas te amo.
nem 01 vinho anda acontecendo.
quero meus poemas e meus cantos desafinados.
quero dona tereza sorrindo e meus sonhos tortos acordados.
fica subentendido então joão
que precisamos dessa porra de poesia e que,
te amo
mas te odeio
mas te amando ao quadrado.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

num tom de humor...

_cinema comentado

03 pessoas na frente
duas pessoas ao meio
no fundo, 01 curioso.
mais doloroso que os filmes
são esses cometários pós/póstumo filme 
blábláblá
fernando vou embora
volto aqui mais não.



o ingênuo

a mãe pergunta;
__edinho, o que você vai ser quando crescer?
bobo e ingênuo, responde o garoto;
__presidente de sindicato manhê!



os reai$
[a praga]
"tudo acontece bacana
quando não rola dinheiro na trama"
conceiçãããão eu bem me lembro
dos tempos de outrora
o menino de asas criou
e o dindin conceiçãããão
foi você quem levou...
joga pedra/joga bosta
mal-di-ta con-cei-çãããã-o

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

porque castrar é preciso

(Para Renan Calheiros, Lula e José Sarney)


O Zé Povinho não descende do macaco
descendem do capeta.
O Zé Povinho são Pitbuls
e deveriam ser esterelizados.
As mulheres Zé Povinho
deveriam ter seus últeros arrancados
e os homens Zé Povinho
os testículos castrados
pois assim num futuro não muito distante
o mundo estaria livre dessa raça.
Zé Povinho não tem pai nem mãe.
Zé Povinho não tem nem anjo-da-guarda
Zé Povinho seriam humanos
mas vieram com defeitos de fábrica.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

dito & donAna

"quero acreditar
 que nestas pedras
 nascerão flores"


a noite chegando mansamente
a solidão batendo sem timidez alguma
a saudade que chega
não desses amores que tive.
seu dito e dona ana
lembranças doces e o remorso no peito
os olhos verdes de dona ana
casando em harmonia com as árvores.
seu dito arredio
ardente como a água que lambica
mas doce como garapa de cana.
tempos que não voltam
nem deve
mas sempre tão recente
como o cheiro dessas plantas.