quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

eu penso que; vanessear

o amor deva ser como uma lua cheia, iluminado.
que os amores deveriam ser um sol,
destemido e ousado.
todo amor tem que ter a paz de um fim de tarde.
o amor não deve pensar,
o amor se deve sentir,
e deixar a razão no mais fundo dos baús,
enterrado no mais longe fim de mundo.
eu penso que o amor é isso,
sem etiquetas, sem receios,
sem ensaios; in natura e cru
porque os temperos maiores do amor
são a naturalidade e a simplicidade.
o amor não usa maquiagem pois o amor
adora mostrar a cara e se orgulha dessa coragem.
o amor tem o tamanho daquele abraço inteiro,
o amor é abrigo, um colo de mãe
acolhe como o mais terno seio
para o amor o passado é momento que não existe
porque o amor vive mesmo é de agora e de amanhãs.
o amor é uma criança sem maldade,
sofre mas não desacredita e nem perde o brilho dos olhos.
o amor é aquele sertanejo teimoso,
sofre, se esperança, acredita e não arreda o pé.
não arreda um milímetro pois sabe que amar é isso,
é engolir a seco, ciente de que nada é fácil
é o que faz a existência valer a pena

reflexão 33

o que o futuro me reserva eu não sei. o que eu sei é o que eu exercito no dia de hoje para o meu futuro e os seus acontecimentos pois o meu dia de amanhã será a colheita do meu dia de hoje. não me preocupa o que me fazem, me preocupa sim as minhas ações a mim e ao próximo. a longevidade da vida é um desejo mas é a intensidade e como se vive que nos promovem para a eternidade…

que o seu dia seja intenso e justo

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

conselhos; pense antes de oferecer ou pedir

aconselhamentos são orientações delicadas e pede muita sensibilidade. um conselho mal dado pode destruir uma vida, uma relação e até mesmo, uma estrutura familiar e social. aconselhe consciente que a sua orientação terá apenas dois efeitos; o bom – que poderá ajudar, e o mal – que poderá destruir. ao dar ou pedir conselhos, certifique-se que a orientação tenha conhecimento da situação, das pessoas, dos fatos e da realidade que gerou o pedido ou a oferta do conselho. que o conselheiro e o conselho seja justo com todos os lados e fatos e, não seja parcial e tendencioso. elevando um ou diminuindo o outro. minimizando ou maximizando fatos. conselhos nunca devem ser “achismos” e sim, certezas. consciência é o pilar do conselho.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

é só um lindo colar de conchas

a minha filha ana flor tem tudo para ser uma garota inteira mesmo que criada para vazia patricinha. inteirada de muita coisa e apegada as verves da arte e um brilho enorme em seus olhos quando toca led zeppelin e scorpion no meu som e sempre diz; _pai, nós vamos cantar rock n roll (fala olhando para o meu modesto palco e equipamento de som). minha filha caminha para uma garota alternativa e irei cultivar isso nela; o rock n roll, a literatura e a fé. estávamos indo ao metrô tomar café e ela viu um amigo hippie vendendo colares e se apaixonou por um colar de conchas. e me fez comprar. e fez questão de colocar em meu pescoço. e disse, ta lindo papai (eu confesso que, sendo eu de obá e feito em iansã, iemanjá naquela hora não fazia minha cabeça. mas atendi ao gosto dela). aí chega uma pessoa desagradável, dessas que estão dominando o planeta e oca e cética de toda e qualquer fé, diz; esse colar está travando a sua vida...??? hã??? qual o cu mais próximo fora o meu para mandar ela tomar? o dela!... a senhora ainda sob os efeitos da cocaína que tanto cheirou na juventude? o que tem haver essas conchas com as trancas que a senhora nem sabe o que significa? a sua boceta sempre em oferta tranca mais a sua vida que essas lindas conchas que nem sei de onde são. são só as minhas lindas conchas escolhidas pela minha filha ana flor. a senhora não é de fé, é de ferros e, enxerga cadeados em minhas conchas? quem é a sua mentora loira? me apresenta ela? quero brincar de pegar nas mãos dela e descobrirmos um ao outro e saberemos então quem tranca mais, minhas conchas brancas ou seus lençóis sujos...

boa noite

2018 na próxima esquina

2017 será um ano que levarei poucas recordações de momentos bons e muita aprendizagem, muitas lições para os anos que estão por vir. 2017 foi o ano que venci muitos dos meus fantasmas e fraquezas e 2018 me receberá mais inteiro, mais destemido e decidido. com objetivos traçados para o novo ano, com amigos inseridos em minha caminhada e o coração pulsando em sonhos, lutas e quereres, aguardo os acontecimentos de cabeça erguida e já sabendo que não será fácil como nunca foi mas ansioso pelas transformações que acontecerão em mim e ao meu redor. intensidade continuará sendo o meu sobrenome. caberá em mim tudo que seja pleno, intenso, completo e tudo que seja anti-quase, anti-mais-ou-menos. 2018 será o meu bebê. o meu xodó. 2018 será a minha negra linda que sorri de orelha á orelha. 2018 nasce mãe e poeta. que o nosso 2018 seja de completude. divina & humana.

feliz 2018 e que possamos estar juntos. abreijos

domingo, 17 de dezembro de 2017

janeiros

dona tereza dizia que com a idade chegando, eu ficaria mais maleável e flexível. que os janeiros me trariam a calmaria e o sossego na alma. que não teria como eu ser inquieto a vida toda. problemático a vida toda. insatisfeito a vida toda. cricri. dizia que um dia eu me cansaria dessa vida cigana e que o velho ranzinza que há em mim daria lugar ao menino, ao seu cabeça de fubá (cabeça de fubá como me chamava muitas vezes). não sei de onde ela tirava essas esperanças... até os 12 anos eu dormia com ela em sua cama, com o braço direito em volta do pescoço e aos 12 ela me disse que eu ia dormir só pois já estava rapaz. ela caiu do cavalo pois eu pegava o colchão do quarto que eu deveria dormir e arrastava até o quarto dela e colocava ao lado da cama dela, no chão. todas as noites. ela conversando com bia, minha irmã e eu fingia dormir. ela deitada e com a mão acariciando os meus cabelos, dizia; _quem esse mininu puxou? porque ele é tão desassossegado? (ela queria era dizer; porque ele é tão problemático? rsrs). sempre que eu aparecia com alguma namorada (cinco que tive) ela se enchia de esperança como se aquela fosse me apaziguar a alma, me ajudar a ser uma pessoa melhor e mais calma, feliz, em paz...

mais de 40 janeiros passaram. dona tereza morreu sem me ver melhor e organizado. equilibrado e tranquilo. eu continuo impaciente, inquieto, explosivo, mal humorado, ranzinza, desorganizado, irresponsável, explosivo... as porras dos janeiros melhora quase todo mundo. menos eu

domingo, 3 de dezembro de 2017

de hojes

quando eu morrer, espero que escrevam apenas uma frase em minha lápide, "aqui jaz o intenso".
nunca vivi com programações a média ou longa data, sempre vivo de hoje e os amanhãs são consequências e oportunidades de Deus. para o amanhã tenho carregado ao longo desses janeiros apenas a missão de aliviar a consciência para o aqui, se vier e para o lá, que irei precisar. para o hoje eu tenho aprendido que, para ser e fazer feliz tenho que antes de tudo, me permitir e me desejar feliz. se eu me permitir ser feliz, conseguirei então fazer os outros ao meu redor, felizes.
assim também é o amor e a sua completude que ele nos causa. serei amado quando eu me permitir ser amado e, eu me permitindo, amarei na totalidade que é esse sentimento. me doando e aceitando a doação da outra pessoa, sentimentos pequenos e passageiros já mais me abraçarão. situações rasas e efêmeras não me promovem ao etéreo. o imediato é um sorriso breve e sem retorno.
eu me permito e de forma muito pura e cristalina. o que arde em meus olhos arde também aos olhos dos outros e sou grato demais a Deus por todos os surgimentos que acontecem em minha breve história aqui.

estou me permitindo