sábado, 30 de julho de 2016

inacabado

no poema inacabado
01 amor tranquilo não realizado
chove no sertão, o sertão vira mar
01 pasto seco nesse coração
naquela esquina tem um bosque
onde não te encontrei depois da última árvore
rasteiras não são as gramas
são as tantas tentativas
de deixar para trás,
tudo
menos esses chinelos gastos
essa calça cerzida
nem tudo puído
resta essa vista cansada,
essa testa franzida
olhando ao longe

sábado, 23 de julho de 2016

nadaestima

esse vazio que pesa mais que 88 quilos
mede mais que 1.88
e come sem se lambuzar
de toda essa carne branca
parece não ter data marcada
para desembarcar.
a sina do azar no corpo-sodoma
que vez ou outra
vejo chegar, ou sair
num puta azar do andar número 10
onde morreu a autoestima.

ressuscita coração de poeta