não estou em são paulo
não estou em montes claros
não estou em lugar nenhum
quando queria mesmo
era estar no reflexo dos seus olhos
não estou em são paulo
não estou em montes claros
estou preso nesse dilema
com o banco recostado do meu carro
não estou em são paulo
não estou em montes claros
estou aqui, ensaiando o que dizer
quando acidentalmente nos encontrar-mos
não estou em são paulo
não estou em montes claros
estou inquieto nas músicas do tim maia
não estou em são paulo
não estou em montes claros
estou aprendendo a ler a palma da mão
para descobrir se iremos nos encontrar
não estou em são paulo
não estou em montes claros
estou preso em algum lugar
domingo, 9 de setembro de 2018
sábado, 8 de setembro de 2018
abobalhado
sabe daquele poema bobo
babado, melado, preguento
que depois de alguns anos
você o encontra por acaso
lê, se envergonha e diz;
eu escrevi essa abobrinha?
então…
estou quase escrevendo um
babado, melado, preguento
que depois de alguns anos
você o encontra por acaso
lê, se envergonha e diz;
eu escrevi essa abobrinha?
então…
estou quase escrevendo um
qualidade
o ser humano está igual os alimentos dos mercados.
melhoram a embalagem mas vem com menos conteúdo e menos qualidade
melhoram a embalagem mas vem com menos conteúdo e menos qualidade
quarta-feira, 5 de setembro de 2018
hipocrética 44
eu não sei fazer acordos
fechar os olhos, continuar
eu não sei perdoar
porque o alzaimer não me ganhou
ainda
esquecer não sei, nem quero
nem sei porque
tenho memória de elefante
e para foder tudo, de vez
gosto de ser assim
língua afiada, impaciente
sorriso a conta gota, por merecimento
não faço acordos
não tenho alzaimer
gosto de brincar na cama
no dia a dia, de verdades
fechar os olhos, continuar
eu não sei perdoar
porque o alzaimer não me ganhou
ainda
esquecer não sei, nem quero
nem sei porque
tenho memória de elefante
e para foder tudo, de vez
gosto de ser assim
língua afiada, impaciente
sorriso a conta gota, por merecimento
não faço acordos
não tenho alzaimer
gosto de brincar na cama
no dia a dia, de verdades
terça-feira, 4 de setembro de 2018
dia a dia
(canto de dor)
me lembro do índio queimado
o índio era eu
me lembro "dos museus queimados"
o museu era eu
me lembro do índio e do morador de rua
queimados
o morador era eu
me lembro da favela queimada
a favela era eu
me lembro da fauna e da flora queimada
metade minha é a fauna
a outra metade, a flora
me lembro da mulher queimada
a mulher era eu
me lembro do negro queimado
o negro sou eu
queimei sete vezes vezes muitas
agonizei.
esquecido. ignorado. largado
não choraram comigo e nem por mim
mas choraram quando sete
foi a derrota numa partida de futebol
me lembro do índio queimado
o índio era eu
me lembro "dos museus queimados"
o museu era eu
me lembro do índio e do morador de rua
queimados
o morador era eu
me lembro da favela queimada
a favela era eu
me lembro da fauna e da flora queimada
metade minha é a fauna
a outra metade, a flora
me lembro da mulher queimada
a mulher era eu
me lembro do negro queimado
o negro sou eu
queimei sete vezes vezes muitas
agonizei.
esquecido. ignorado. largado
não choraram comigo e nem por mim
mas choraram quando sete
foi a derrota numa partida de futebol
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