sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

so para relembrar

avenida francisco morato
é testemunha desse ensaio
não aponto dedos sem motivo
não guardo beijos por devoção
não estive em moçambique
não aprendi a te esquecer
continuo vadio
só não me fiz puta por dinheiro
nem por testamento
meus acordos são desacordos
a minha rima
rima com se foder
não me conformo/não vou pra casa
com um nó na garganta
a minha estrada não te cabe
pois não te cabe a minha lua
meu amor eu não sou louco
adjetivo sonhador
pedras na lagoa matam tubarões
brasília nada arranha
sou filho de tereza
e inimigo do capeta
estou longe de ser santo
punheteiro de mão cheia
o meu silêncio não tem preço
cortesia o meu escracho
nunca fui mal humorado
não fico sorrindo como um retardado
me prove que 1 + 1 é 2
e tudo fica em paz

Um comentário:

  1. amargo, áspero, porem visceral, como todo bom escrito poderia ser. aprovadíssimo, agora sim, bata a punheta no cinema. abreijo.

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