ela descia a rua augusta. era uma bailarina anônima nos anos 70. ainda assim, carregava o sex appeal que lotaria qualquer macho de desejos. eu a seguindo sempre de seis a oito metros de distância para que não me percebesse. por três vezes parou frente a vitrine de lojas de sex shops. ela viajava nas peças no interior da loja e eu viajava nela, tentando imaginar qual daquelas peças mais lhe interessava, mais lhe caia bem. a despi trinta e duas vezes naqueles três momentos. números de peças que me atraíram, expostas nas vitrines. todas as peças parecem ter sido confeccionada sob medidas para ela pois, tudo lhe caia divinamente bem. um volume grande se mostrava atrás da braguilha da minha calça. incomodando até a mim mesmo. natural esse acontecimento pois a poucos passos a minha frente estava a mulher mais linda que já vi nesses quarenta e oito horas de são paulo. e se eu lhe desse um bom dia? e se eu lhe fizesse um elogio? cadê coragem... assim entre desejos e receios ela vira, me encara, sorri e fala comigo;
_tudo bem meu amor? quer fazer um programa?
meu deus, ela tem gogó. meu deus, ela tem a voz mais grave que a minha
_bom dia moça. eu sou tímido para aparecer em programa de tv. um bom dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário