segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

início, meio e sempre (L5)

(L em cinco tons de amarelo)

eu que te espero após a vida
te celebro, nessa e noutras
guardando recordações nos lábios.
presença que não se afasta
nem por morte ou praga pagã
somos a tatuagem no outro
que só olhos divinos enxergam.
não há pedras no meio do caminho
ou mesmo atravancadores,
que me faça desistir
de te reencontrar entre as rosas amarelas
porque as páginas, puídas
passado que não guardo mais.
te espero se preciso for, sem medo
até mesmo depois de lá

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