quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

eu vou ficar

dona tereza não virou nome de rua
nem anízia nome de zoológico
não tem sua foto em petshops
mesmo tendo em seus nove partos
      entregue 09 animais ao mundo.



debaixo desso sol sempre quente
um livro de lida junto ao olhos
numa bomba prestes a explodir
as mesmices das meninas diante
as vitrines
caras-pálidas-computadores-pare
ontem e os 07 índios do meu lado
pegaladrão-escondi-escondi-queimada
arco-flexa-zarabatana-tudojáeramané
ontem e os 07 índios do meu lado
a inquietude
a invasão
a janela da visinha aberta
q delícia q delícia q tentação
o dedo q cutuca
o berne q esperneia
a ferida q sangra
q delícia q delícia q tentação
a maquina de senha logo adiante
cheiro de carne queimada
algum índio berra
barulho de bala e não é perdida
algum bailarino jogado numa viela
não quero virar heroi
pobre gosta é de bandido
lula-lá-nasce-uma-estrela
lula-lá-nasce-uma-esperança
me diga que música você ouve
que eu te direi quem és
as bandeiras
so existe na cabeça de quem não tem eira
as flores vermelhas perderam espaço
love agora so orkut e messenger uai
marido de dona maria morreu assaltado
direitos humanos ninguem no velório
tudo duro
tudo duro
nem tudo.



já dito antes;

"sempre pensamos que mundo deixaremos para os nossos filhos quando deveríamos pensar em que filhos estamos deixando para o nosso mundo"

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