nasci para ser par
mesmo que um raio me parta
mineiro teimoso de beira de barranco
branco só a minha pele
menino ocre por dentro
feito de toá e não de concreto
vez ou outra, a minha poesia apenas.
sou caipira e não um pirado
bitolado no bom do sertão
sem vocação para ser maria-vai-com-as-outras
sonhando ser a xita numa selva sem árvores
nem me comem por prestação
deixo ir
fico e fico inteiro pro ano que vem.
esta noite tomo um café
imaginando como estará os seus cabelos
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