quarta-feira, 25 de agosto de 2010

para manter aceso o amor

quando você chegar
e sentir o meu olhar abobalhado,
é amor. é paixão.
sou criança que se lambuza de doce
que rasga afoito o papel de presente
e que dorme segurando o carrinho de plástico
com aquele enorme sorriso estampado na cara.
eu sou assim,
escancaradamente apaixonado quando amo.
por isso essa tão dependência do beijo.
beija eu.
beija eu.
beija eu.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

dueto

nossos corpos
completos e completados
e/se refazendo do amor
que ainda a pouco
coloriu isso aqui.
02.
dois.
par.
volto tão logo me grite.
tão logo me olhe.
tão logo me chame.
que pra sempre me ame.
deixe aberta a esperança
o sorriso
as canções dos nossos corpos
nessa noite nada insana/nada profana.
amor com cheiro de rosas
com cores de colibri
e gosto de champagne.

sábado, 14 de agosto de 2010

hibiscos, porque eu sou é assim

meu amor,
deixo para trás todas as canções vividas
amores acontecidos e as noites de lua cheia.
sobrevive apenas a caneta e meu caderno em branco
para desenhar nossa história de amor.
trago meu amor além do novo e que,
sendo lúcido,
tecerá as verdades que ainda não vivi contigo.
meu desejo e meu calor são outros.
hoje meu tesão todo antropofágico
quer devorar além de você,
quer invadir todos os seus segredos,
comer todas as suas intimidades
e sorrir junto ao seu sorriso.
meu medo era ontem.
hoje você comigo e tudo tão novo...
não me tomes como um louco apenas,
apenas um poeta a pirar.
pirar é verbo.
e verbo é amor.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

vinho e endorfina

[para fernanda maria lima barbosa]

na palma da mão
04 caminhos não me levam a você
nos olhos o alcance de onde
não sei onde te encontrar.
meus lábios sempre quentes
não rimando com a poesia do meu dia
e eu te aguardando de chinelos
com um poema do quintana na cabeça.
entre o medo e o desejo
arrisco numa canção levada a vinho
e a endorfina acima da poesia
grita você.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010

segunda-feira, 26 de julho de 2010

segunda feira é o meu amor

entre as mãos e as pernas
e 01 coração perdido de poeta
modelo o retrato do meu dia.
não serei herói nem bandido
mas uma presença constante nesse filme.
a lápis, nanquim e porrada
as feridas vão sangrando
aos berros dos bolhas pedantes.
geme menina,
dê sentido a minha poesia
o dia ainda ta começando.

SEGUNDA FEIRA LINDA


SEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDA
SEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDA
SEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDA
SEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDA
SEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDA
SEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDA
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SEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDA
SEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDASEGUNDAFEIRALINDA

domingo, 25 de julho de 2010

curvas e contornos

entre os cruzamentos
o desenho do dia nasce
entre as curvas das ruas
e os contornos da moça.
alguns passos a minha frente
ela vítima da minha fera solta
que a devora em todos os olhares.
01 livro na mão.
01 compromisso com o kaos.
as recordações do amargo
e os desejos brotando de novo.

sábado, 24 de julho de 2010

canção do amor presente

meu coração
se acalma na nossa canção
de ninar
02 corpos grandes.
entre prosas e versos
construo 01 universo
liberto das dores.
acredite beibi
segure a minha mão e vem comigo.
tantas luas sobre o nosso céu
todas as noites serão do amor
e um do outro
brindaremos em cálices de água
a divindade que o amor nos transformou.


[simples esse poeminha mas gostei tanto dele]

sexta-feira, 23 de julho de 2010

fome

entre as opções que
me cabem,
os canais que se abrem
o susto e o medo
de frente ao desejo
e a negra sina
fica bem lá, bem lá para tras.
há rumos, rimas e portas
colos e glórias,
o corpo quente
cotidianamente.
o meu destino na roda
eu giro/eu paro
programo onde quero chegar.
ariquemes quem sabe,
ou a paraíba ta logo alí.
um andarilho sem ler placas
01 esquema de viagem
na rota do sol.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

hibiscos

as flores sobre o muro vizinho
não chamam a atenção.
pernas e pernas sobre paralelepípedos.
o torto e seus sonhos esquerdos.
sem uma foto nos olhos.
01 desenho sem nenhum sentido
sem papel e caneta nos bolsos.
a poesia noutros quarteirões.
na cama sem cama o sofá
e brincar de masturbar pensando
que a hora ainda vai chegar.
traçar o dia seguinte ao nascer do sol,
a rota.
arrotar os versos de outro
na imagem fixa do espelho.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

01 tango no quarto escuro

dentro das curvas da sombra
modelo os traços do corpo seu
meu amor me abraça
me conduz na dança dos mansos
de olhos fechados me leva a todos os cantos,
nem pareço aquele poeta
de corpo pesado como pedra.

terça-feira, 29 de junho de 2010

papilas - da língua aos kosmos

da minha língua que te busca
cada curva 01 sabor
junto a textura o calor
minha língua se perde
nesses cantos seu que são meus
essa noite sou o senhor desse universo
e minha língua desbravadora
percorrendo todos os seus sertões.
minha língua a invadir,
a colonizar teus prazeres
e gemidos.
minha língua nos montes
de pelos e flores
de cores e gozos
a secar teu gozo quente
meu prêmio do seu prazer.

domingo, 20 de junho de 2010

alguma coisa acontece nesse jardim

[para ivone dantas]


ao som do canto
ao calor do colo
ao tato da pele
o toque me acorda
deixa as suas mãos libertas.
liberte os seus cabelos
um vinho
o relógio no lixo
nossos corpos nus
a dançar sobre a cama
corpo.nu.alma.nua.nos.consumindo
o tesão não para depois do gozo
meconsumateconsumo.
entre tantas poesias
ao som do canto do nosso gozo
ao calor do colo esse enlace
ao tato da pele o recomeço.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

entre

sem susto e sem medo
longe de todos os receios
deixo a porta aberta
não precisa bater
toc toc não há
tum tum tum
ao rítmo do canto
do mar
ao rítmo do balé
do beija flor.

domingo, 13 de junho de 2010

flores em mim

"entre um ato e outro
vou reinventando o amor"

laranjas
rosas
azúis
vermelhas
lilases
violetas
carmins
amarelas
roxas
brancas
nesse universo de pétalas
exercitando o amor.

sábado, 12 de junho de 2010

poesia X, meu primeiro livro - 1998

 

12, hoje não será como ontem

um dedo de prosa e uma chave na mão.
tranquilo e sem nenhum grilo
tiro de letra essa solidão. geme beibi, tenho a chave na mão.
brincar e cantar e sorrir e sonhar e deixar a porta aberta
não bata beibi e entre que hoje é 12.
nesse chão de pétalas.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

sintomas do adeus

não me dome
não me tome
não se queime
meu grito au au
01 gozo animal.
sem cóleras
sem coleiras
sem trincheiras
entre nós
ou a porta aberta
adeus beibi.
sem dramas
sem teatro
sem novelas
cara a cara
fala o que está escrito
em seus olhos.
existe uma ponte
entre esses sofás
e uma ilha seca
nenhum vinho nessas taças
sobre a mesa.
o tim nem me olha
ta de bruço
sobre o armário.

essa noite não

quem disse que
quero você aqui hoje?
meus olhos já não te tocam a tempos
nem em você me completei no revellhon
não nos encontramos na porta do cinema
meu corpo gritava quando pensava em você
e você?
em algum canto, em algum lugar
nunca aqui comigo.
minhas mãos passeiam por onde
nunca deveriam estar
me desfaço em gozo
e a culpa é sua
tem uma estranha nesta cama.

anestésico

em passos lentos e,
olhos velozes
te acompanho passo a passo
entre carros e gente
semáfaro
vermelho
ainda à tempo de sonhar você pra mim.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

rosas amarelas e beijos sem pudores

portas e janelas
abertas
queima o meu corpo seu
sobre o seu corpo meu
poesia longe de papéis
nenhuma folha amassada
apenas nossas roupas pelo chão
poesia na carne
carne pulsando poesia
poesia latejando desejos
queima-me-queima-te-queimo
cicatrizes que não existirão
apenas roupas espalhadas pelo chão.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

entre montes claros e recife

[para ranúzia psí]

esse nosso amor tem trilha sonora
é o cheiro de frevo
é gosto de maracatú
noites adentro
uma gilette no pulso
rivotril guéla abaixo
sua presença me salvando a vida
sua paciência me trazendo de volta.
não chore beibi
a bossa é nossa
e nós levamos a dança.
nada virtual
tudo real-íssimo
onde estou?
onde vou?
entre ruas de montes claros
e o coração de recife
cartola toca no meu peito
uma moça me mandou 01 telegrama
_pulsa pulse pulsa pulse
não desista coração
se socorra/me socorra
nos socorra...
abra o vinho
não ligue a tv
a moça do telegrama
mora em frente ao meu quarto
tem 79 anos
não fez amor comigo
me fez numa noite de amor
tem nome/se chama tereza
nome e sobrenome
tereza de nove barrigas perdidas.
ranúzia,
o que mais quero?
aumente o volume
peninha acontece na vitrola
essa noite, sem timidez alguma
vou cantarolar
para a moça vizinha.

domingo, 25 de abril de 2010

bilhete para um irmão

[para warlley lopez]


meu irmão
cansei desse faz de conta
ora num canto/ora noutro canto
e sempre em canto nenhum.
lembranças boas das ruas de goiania
saudades sempre desses cantos de montes claros.
não tenho ido ao cinema
nem mandado flores para a delegada
os sabores dos poemas
andam perdidos pelas ruas de manaus
não namorei a moça do ônibus
que deitou a cabeça no meu ombro
mas nos falamos ao telefone.
warlley lopez aparece num lampejo
quando penso no barro que amassei
nos amores que não pintei
e penso naqueles pães sovados
que matavam nossas fomes.
entre um surto e outro meu irmão
vou desenhando os rumos que não tomei
os tiros que não levei
as flores que não colhí
e os momentos em que não ouví dona tereza.
e como 01 + 01 é igual a 03
pode escrever que vai doer.
ainda não fizemos um show juntos
não dei uma palhinha no seu show
dricca sempre me convidava.
metido.
quero contigo levar
a capela
razante
saudade do agreste.
gutia me mandou 01 e-mail
não me mandou 01 beijo
mas amo aquele cara assim mesmo.
dona belinha na platéia
parecia uma escultura barroca
parecendo as obras do filho dela.
warley meu irmão
te amo e você mora no meu coração.
me faz 01 favor?
apague a luz e diga ao prefeito
que eu não estou.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

uma carta para que não demore

(a amiga greta marconi)

amor
te escrevo essa carta simples para te fazer um pedido, não demore.
os dias tão curtos passando e as vezes a descrença me toma e não sei em que ou no que, acreditar.
fico triste a cada por do sol que perdemos juntos.
a sua ausência se fazendo presente até em meus sonhos e a dúvida se fez em mim,  se a tive e a perdi ou se, teimosamente, aguarda algo mais acontecer.
não demore. venha logo.
esses poemas nascendo distante da luz dos olhos seu. seriam mais lindos e harmoniosos, assim como os dias, se aqui estivesse ao lado meu.
todas as noites nesse meu céu estrelado, fico a olhar estrelas imaginando qual delas emite luz maior e assim poder chama-la de minha... e você não está aqui.
sempre pergunto ao carteiro o nome do meu amor e se a correspondência dela chegou. que se chame maria, que se chame tereza, que se chame rita, que se chame marisa, que se chame ana, que se chame fernanda...
apenas sorrir e sem carta alguma para me entregar se despede me desejando um bom dia e dizendo; "_se o amor chegar, puxe ela prum canto e num beijo profano lhe diga, és minha flor..."
amor, não demore.
tenho medo e no meu único apego, brigo com Deus.
amor, quando você chegar, depois de algum tempo matando essa saudade enorme de você, quero lhe contar algumas coisas que tenho feito. quero lhe falar das brigas compradas, das guerras perdidas, do jardim da matriz que não plantei mas que florece lindamente. quero te mostrar essas minhas ruas de montes claros que por tantas madrugadas caminhei. caminhei cantarolando para o meu amor que não estava comigo. assoviei tantas vezes pra você que devo ter irritados esses moradores madrugada adentro.
amor, confesso que tentei aprender a tocar violão para impressiona-la quando aparecesse. não consegui. tentei aprender a cantar e também não consegui e, tantas vezes meu professor de canto me pediu para desistir...
mas façamos um trato, não aprendi a cantar e não aprendi a tocar violão, mas irei sempre desenha-la em todas as poesias.
amor, não demore.
não comprei um relogio de pulso e o meu celular não mostra as horas. tudo isso para não ficar ancioso, mais ainda, esperando por você.
minha coleção do tim maia te aguarda. tantas canções teremos para ouvirmos juntos.
dona tereza sua sogra anda tão cansada e doente. ela também ja te ama.
amor, quando vier, me prometa que não assistiremos BBB, não escutaremos juntos rebolachion e não iremos a nenhum show de axé e pagode. amor, apesar de te amar, minha intolerância é grande e pede sua compreensão. não me convide para assistir ana maria braga e menos ainda programas de auditórios no domingo. me ajude e me compreenda e não queira que eu assista essas novelas das 18 e 19 horas. principalmente as das 19 horas.
mas vamos falar de coisas boas. meus poucos amigos vão adorar conhecer você e, sendo você essa pessoa tão doce e humana, irá ama-los pelas pessoas que eles são.
amor, não demore.
os dias estão passando tão rapidamente.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

poesia umbilical/música heroína

(ao meu irmão roberto auad)


ginsberg incomoda
como uma torneira pingando
heróis são nossos músicos
que já não tocam nos rádios
se faz pensar não vende
se cutuca assusta
e o filho da puta bolachion
é herói na favela.
salve ó silicone
e o tédio na moça do ponto.
se assuste/se incomode
mostre os dentes
(e não sorrindo)
poeta que se cala
é a puta que se vende.
a questão que se sucinta
a burguesia podre
a periferia podresia?
se assuste beibi/se assuste beibi
e não permita ao vaticano
bolinar nossas crianças.
o inverso e o verso
é um universo de amor...
...e também um campo minado.
buuuuuuuuuuuummmmmmmm

terça-feira, 6 de abril de 2010

assovio

                          
na contra mão
torto como sou
nem me dou conta
que as buzinas
ditam os rítmos dos passos.
desembestado
lentamente apressado
e com gosto de moça bonita na boca
assovio para distrair
o teZão que o meu corpo mostra.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Cama Fria

porque me tomas
mulher
se não me ama
pra que serve tantas juras
se teus desejos
pecorre outros corpos
e em meu cólo
nunca repousa tua dor.
solte o teu veneno
porque assim me faz mais bem
que este sentimento que encena.
deixe minha dor descansar
e meus olhos repousarem
no silêncio da angústia.
Deixe-me ver o por-do-sol
para que eu perca o medo do sol da manhã
e os meus fantasmas
possam descansar.
que prazer te traz / te faz
assistir essa derrota
e ainda dividir o leito de morte
como se nada acontecesse aqui dentro.
o que te consome mulher
ódio, demência ou morte.

terça-feira, 30 de março de 2010

porque eu sou é o amor

[in memóriam]

sobre o cimento nu
cacos de um vaso.
rosa que era rubra
agora esta murcha.
um vaso sem flor
um poeta sem amor.



a ponte
 [para anibal beça]

seja você
não perde a hora
passe a bola
não tenha receio
arrisque de vez
olhe pra frente
não faça rodeios
caminhe sem medo
o tempo passa
mate os fantasmas
não se atrase
ou poderemos chorar
acelere os passos
não somos crianças
os sonhos não envelhecem
porem aqui somos mortais
no sono o descanso
acordado os sonhos
num minuto um beijo
noutro um adeus
tic tac lembra o relógio
a luta não para
pobre pagão
morre indigente
mesmo chorando
não bebe seu leite
plante uma flor
e cultive as abelhas
e se tivermos sorte
sem medo da morte
um brinde há vida.


 

quarta-feira, 10 de março de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

declaração de amor a 2 homens que amo

[para lioh e francisco]

"dispesso-me de você
não porque deixei de te amar
mas para que eu possa ser feliz"

quando o cansaço bater
a desmotivação me pegar
não me deixem parar
apenas puxem os bancos
e olhem a lua comigo.
nesses dias down
meus olhos pedem o fim
nem o tim consigo ouvir
as poesias que não chegam
mas não desistam de mim.
espectros
espectadores
eu sou a televisão
beat beat beat beat
deixem ferver meu coração
mesmo que frio mesmo que gélido
há chama há fogo há calor
beat beat beat beat
na praça os bancos
pedem uma roda de amigos
01 violão
mas como pode
poeta sem teZão olhar a lua?
beat beat beat beat
seria isso 01 convite
ao suicídio anunciado?
la vai la vai la vai
01 poeta de alma lavada
beat beat beat beat
.

escravos

há os que se fazem escravos da mídia
há os que se fazem escravos da gula
há os que se fazem escravos da vida alheia
há os que se fazem escravos do virtual
são muitos os que se fazem escravo do nada
o mais triste porem
há os que se fazem escravos do outro.

terça-feira, 2 de março de 2010

essas minhas asas lindas

"a minha felicidade depende de mim.
dos outros pode depender a minha tristeza."


não vou rasgar os meus
sonhos
acesa
se encontra a luz desses meus caminhos.
essas cores, que saudades das cores.
o sorrisa que chega
o perfume que me brinda
o calor que se aproxima
não me permitem parar.
dona tereza tá menina
levadasapecaserelepe
derruba no chão
quando não lhe dão atenção.
a tempos não ouço meu rock
scoprions, creedance, kraftwerk
gritam por mim.
enya, tristânia, nightwish...
e eu que não viajo a tempos
nem nas meninas
acorda jurandir.
meu bolso
vazio
não grita não berra
pede é poesia.
se o bolso parece distante
minhas mãos
chegam facilmente as estrelas.
kerouackerouackerouac
beat
beautiful
nananenenqueacuca...
nada distante ao meu redor
saindo disso...
meolhemeninameucorpotechama
muito além disso
muito além disso
me leva me ganhe me tenha
o céu nosso estrelado de cada dia.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

vinho... [e essas rosas vermelhas]

invada

pensar em você
é como desejar o impossível
e sonhar com o inexistente
é querer 1 pedaço do céu
teu beijo
teu abraço
1 eterno afago.
é colher flores em dias de outono
e acordar com a aurora boreal
invadidno meu quarto pelas manhãs
é banhar-se nas garoas
em dias de verão
e sentir o olor da primavera
nas 4 estações.
é pedir a Deus
1 bis da existência
e ainda assim,
querer eternizar cada momento.



aquele momento

drummond amaria
quintana
se perderia...
você...
banhada de ouro
banhada de luz
luz do luar
ah... tão bela
encanto que encanta
bobos
os que não se encanam.
essa beleza quase mística
fazendo uma revolução
neste meu corpo humano.
quero brincar com você
brincadeiras de gente grande
com a pureza das crianças.
cada instante com você
1 instante eterno
e docemente, inesquecível.
tua beleza
impossivel comentar
Jabbor não conseguiria
tua beleza
impossivel de retratar
larama, portinari, konsta, godô...
tua beleza
impossivel compor
renato, tim, jobim, cartola...
ah...
esta sua essência única
e que teins ainda na alma
o perfume dos lírios do campo
apena judia mais
o coração de 1 poeta apaixonado.
 

fique

bom mesmo
é ter você ao meu lado
tua presença
a certeza de 1 novo amanhã.
estar contigo
é esquecer momentos de dores
a certeza de um renascimento
é sentir um fogo gostoso
queimando no corpo
é sempre acordar
com o sol pela vidraça
e entre este sol e vidraça
o canto dos pássaros
[senhorita - este é o canto]
ter você é...
é cantarolar debaixo do chuveiro
ter você é...
ter uma vontade louca de...
[são tantas as vontades loucas]
ter você é...
é perder o medo da morte
ter você é...
é olhar para o céu e...
obrigado pai.


"esses poemas foram escritos entre maio e julho de 1991.
estava com 15 anos. putz, um dia fui romântico"

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

eu vou ficar

dona tereza não virou nome de rua
nem anízia nome de zoológico
não tem sua foto em petshops
mesmo tendo em seus nove partos
      entregue 09 animais ao mundo.



debaixo desso sol sempre quente
um livro de lida junto ao olhos
numa bomba prestes a explodir
as mesmices das meninas diante
as vitrines
caras-pálidas-computadores-pare
ontem e os 07 índios do meu lado
pegaladrão-escondi-escondi-queimada
arco-flexa-zarabatana-tudojáeramané
ontem e os 07 índios do meu lado
a inquietude
a invasão
a janela da visinha aberta
q delícia q delícia q tentação
o dedo q cutuca
o berne q esperneia
a ferida q sangra
q delícia q delícia q tentação
a maquina de senha logo adiante
cheiro de carne queimada
algum índio berra
barulho de bala e não é perdida
algum bailarino jogado numa viela
não quero virar heroi
pobre gosta é de bandido
lula-lá-nasce-uma-estrela
lula-lá-nasce-uma-esperança
me diga que música você ouve
que eu te direi quem és
as bandeiras
so existe na cabeça de quem não tem eira
as flores vermelhas perderam espaço
love agora so orkut e messenger uai
marido de dona maria morreu assaltado
direitos humanos ninguem no velório
tudo duro
tudo duro
nem tudo.



já dito antes;

"sempre pensamos que mundo deixaremos para os nossos filhos quando deveríamos pensar em que filhos estamos deixando para o nosso mundo"

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

esse silêncio

nada me assusta mais que o silêncio.
o silêncio me faz mais medo que esse sol que judia e inibe até as poesias.
o sorriso mais distante que os pensamentos que divagam no infinito e alguns momentos bacanas surgem nesses almoços com o joão que é aroldo que é pereira que faz um parangolé.
amo esse kara.
odeio esse kara.
amo esse kara.
joão que é aroldo que é pereira, como eu, longe de seu amor e distante do universo mas catando os sorrisos debaixo desse sol sempre quente.
essa poesia serve para que?
não conseguí matar o presidente.
não conseguí um sorriso de zifina.
um sorriso sincero que quero.
olho para joão que é aroldo que é pereira e,
como ele
queria ser um kamicase desse vermelho que é o amor.
so não quero atirar no meu pé joão!
não bateu um medo quando você suicidou o amor?
te amo joão.
te odeio joão.
te amo joão.
joão que é aroldo que é pereira...
não fui ao cinema.
não desfilei minhas mãos bobas entre as pernas dela.
nem excitado fiquei.
irei ao cinema viu joão?
zifina não me convidou para ir ao cinema. eu vou ao cinema.
joão, quando eles te devolverem seus 2.000,00 você me paga uma pizza de banana?
leva wander não!
ele lambe o prato na frente de todos!
dona juscelina linda de olhar triste sente seu silêncio.
eu também amo dona juscelina. dona juscelina é punk.
joão que é aroldo que é pereira.
te amo
mas te odeio
mas te amo.
façamos nos entender joão;
precisamos romper esse silêncio e irmos ao cinema.
você e sua flor.
eu e minha flor.
precisamos criar juizo joão.
ana clara/ana victória/ítalo/luã/maíni
me chamam.
joão eu te amo
mas te odeio
mas te amo.
nem 01 vinho anda acontecendo.
quero meus poemas e meus cantos desafinados.
quero dona tereza sorrindo e meus sonhos tortos acordados.
fica subentendido então joão
que precisamos dessa porra de poesia e que,
te amo
mas te odeio
mas te amando ao quadrado.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

num tom de humor...

_cinema comentado

03 pessoas na frente
duas pessoas ao meio
no fundo, 01 curioso.
mais doloroso que os filmes
são esses cometários pós/póstumo filme 
blábláblá
fernando vou embora
volto aqui mais não.



o ingênuo

a mãe pergunta;
__edinho, o que você vai ser quando crescer?
bobo e ingênuo, responde o garoto;
__presidente de sindicato manhê!



os reai$
[a praga]
"tudo acontece bacana
quando não rola dinheiro na trama"
conceiçãããão eu bem me lembro
dos tempos de outrora
o menino de asas criou
e o dindin conceiçãããão
foi você quem levou...
joga pedra/joga bosta
mal-di-ta con-cei-çãããã-o

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

porque castrar é preciso

(Para Renan Calheiros, Lula e José Sarney)


O Zé Povinho não descende do macaco
descendem do capeta.
O Zé Povinho são Pitbuls
e deveriam ser esterelizados.
As mulheres Zé Povinho
deveriam ter seus últeros arrancados
e os homens Zé Povinho
os testículos castrados
pois assim num futuro não muito distante
o mundo estaria livre dessa raça.
Zé Povinho não tem pai nem mãe.
Zé Povinho não tem nem anjo-da-guarda
Zé Povinho seriam humanos
mas vieram com defeitos de fábrica.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

dito & donAna

"quero acreditar
 que nestas pedras
 nascerão flores"


a noite chegando mansamente
a solidão batendo sem timidez alguma
a saudade que chega
não desses amores que tive.
seu dito e dona ana
lembranças doces e o remorso no peito
os olhos verdes de dona ana
casando em harmonia com as árvores.
seu dito arredio
ardente como a água que lambica
mas doce como garapa de cana.
tempos que não voltam
nem deve
mas sempre tão recente
como o cheiro dessas plantas.

domingo, 31 de janeiro de 2010

tudo tão curto e passageiro
ninguem levando nada e ainda
se prendendo aos prazeres
imediatistas.
quero mesmo é morrer de amizades
sentir cada um desses divinos
e sempre que possível
beija-los.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Termos do meu casamento sem data prevista

.
uma moça leve
negra ou branca, índia ou amarela
não precisa ser poeta
mas que saiba entender 01.
não precisa ter curso superior
nem mesmo o primário
basta saber ler a minha alma.
que saiba e, naturalmente, goste de ser par
e não seja fria, uno ou umbigo.
que prefira as canções
que a vida alheia.
pode até ser vegetariana
mas que tenha apetite
para me devorar todas as noites
e depois dessas simplicidades
exijo apenas uma coisa
que seja o nosso casamento
em regime total
de comunhão de sonhos.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

atenção

.
meu pensamento
nunca está voltado pro poema.
hora passeia pelo kaos
hora se completa nas meninas.
daí sim
nasce o poema.

sábado, 12 de dezembro de 2009

ainda não escrevi um blues

quero um poema
com melodia de gáita
com gosto de beijo na boca
e de preferência
com os gostos dos beijos que ainda não dei.
ana clara já moça me olha
manhosamente
e numa cartinha manuscrita me declara seu amor.
ana clara que tenho visto tão pouco. essa moça linda. minha.
dona tereza depois de tantos anos foi passear
foi a sorveteria se lambuzar do sabor que a tempos não vive
enquanto eu vadio e mais perdido que antes
nem sei onde estou.
goiania me espera nesse fim de semana
carteira de trabalho no bolso e os amigos pra rever.
hoje fiz uma declaração de amor. meio tímido como sou. totalmente tímido.
declarei a mim mesmo me amar sempre
preparando meu espírito pra moça que ainda vai aparecer.
betinha antunes linda, leve, solta e soltando a voz
ta em mim até agora
e nem vi o maza me chamando para ir embora
maza é o lord que sem cavalo
tem uma princesa linda e é feliz.
hoje não vou cantar um blues.
hoje vou fazer amor comigo mesmo dentro de um blues.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

para uma noite feliz/que seja essa

hoje pode ser outra
noite
não se faz necessário uma trilha sonora
apenas se faz necessário algumas brincadeiras
acessórios não entram nesse fetiche
apenas o meu/e/o/seu corponúsobreacama.

domingo, 6 de dezembro de 2009

o girassol

eu nú
num round
com o universo
Deus nas margens
da linha
repreendendo
o poeta torto com gosto de pequí
e o amarelo num canto da boca.
luta feia
NADA vs NADA
elevado ao quadrado
e um saco vazio.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

beijos e insites

gosto desses dias frios
poesia nasce mais simples
e fácil.
caminhar na madrugada assoviando um blues
pensando na menina.
o kaos fica sempre pra trás
adiante os meus desejos
cabecinha fresca e nos lábios
o gosto do beijo recente da menina.
não fizemos amor
mas nos destruimos num beijo punk.
sem hora/data marcada
vai rolar disse ela.
eu deixo acontecer
mas o que eu queria mesmo
é que acontecesse todos os dias
e que assim como a poesia
seu corpo me queimasse todos os instantes.

fuxicos

apenas queria saber
porque fofoqueiros e afins
não morrem nunca.

...ninar

uma repetida canção de ninar
olhos curiosos tombados
pelo sono
a saudade anunciada
que já bate no peito.

m a s t u r b a ç ã o

brasília cabe tão bem
na palma da mão dos putos
e debaixo do chinelo das putas.

sinta...

se você olha para o amor,
eis-me aqui.
busco pouco.
a verdade nos olhos
a lealdade nos dias
e que as noites sejam nossas.

detalhe

[para emma shapplin]


"o dilema do poeta

é muito além do amor ausente.

está presente no veneno

do corpo que ao lado dorme."

sábado, 24 de outubro de 2009

so para dizer que te amo

[p/ wander soares]


um banco de praça
essas árvores sem micos
todo esse cimento entre essas gramas
o que deveria ser verde é cinza.
nenhum balé
nenhum café com poesia
igor dança pro divino
celinho e suas palhinhas pros querubins
gabrielzinho azarando as enfermeiras cuidadoras de almas
e algum anjinho safado a nos molhar com orvalhos.
esse coreto assassinado
sem nenhuma graça
essa praça sem nenhum charme
mesmo assim tomando conta de mim
ou de nós
ou dos divinos em essências.
somos puros?
acho que não. não quero ser puro.
o que quero mesmo é fazer amor.
aqueles degraus, aquela escada
que antes tantas bundas pousavam alí
bundas de poetas, bundas de músicos, bundas de atores
bundas de bailarinos...
essa é a nossa casa ou a nossa casa é a noite?
saudades de joão rodrigues e seus vinhos almadén
dona iara também.
brutos, corta essa de fazer meu filme
para os seus amigos alegres
ou ganha um cascudo qualquer dia desse.
deixe/abandone esses jeitos
deixa o wander viver
ou o centauro ou sei lá o quê...
XVI anos nosso filme
poesia/cinema/rock n roll.
você o único
a me jogar as verdades na cara
nú, crú, sem dó ou cuspe
eu ouvindo sempre calado
que assim seja
amém...
me diz uma coisa brutos,
tem outro amigo tão chato como eu?
precisa responder não
porque o que importa mesmo
é que eu te amo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

[ameaça de morte]

para o eixo do mal
a ameaça de morte
é uma tristeza
quando não enxergam o medo
no olho do outro.

sábado, 17 de outubro de 2009

sempre depois da meia noite

a vida lateja
o meu pulso frio
a sina da cama suja
na dissonância dos dias.
meu olhar  nada divino
segue o caminhar da moça
enquanto desço essas vielas tristes.
eu.
eu.
nesse desencontro
não há tezão ou sonhos que resistam
e todos os planos morrem
após os shows ao fim do dia.

[hoje]

[o bem vence o mal?]

ja ouvi isso algumas vezes
e talvez tenha sido assim algum dia
hoje o mal é organizado
facções de vários gumes
corporativos em suas permutas defensivas
matam, estupra, ferem, difamam
e saem vítimas.
num canto, isolados
os raros que ousam cutucar a podridão
vez ou outra
num suicídio cutucando as putas
e cabeças santas em bandeijas
deleites dos satânicos.

heróis não são os que vencem as guerras.
heróis são os que não se rendem ao mal.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

a carta p/ a única mulher que soube/sabe me amar

[p/ dona Tereza, minha mãe]



“a 19 anos venho travando uma luta
com a caneta e o papel
em tentativas vãs de fazer nascer o poema
que deixe claro o que sinto por ti”



é dona Tereza, a tantos anos a Senhora não canta mais uma canção de ninar para mim, mas Deus, perfeito, traz-me aos ouvidos todas as noites, Sua voz cansada e quase abatida mas sempre com aquele universo de amor.
e sinto Seu cheiro.
e sinto a Sua pele.
e sinto o Seu calor.
e sei que vivo na Senhora assim como a Senhora vive em mim. dona Tereza, é tudo tão nítido nas minhas lembranças dos momentos que passamos. vivemos tantos filmes lindos e tantos tristes. eu e minhas crises de febres na infância e a senhora noite toda me medicando com seu amor e atenção. a vida que a senhora abdicou para poder me ter quando os outros não me queriam e eu criança sem entender. e quantas vezes a senhora se desfez do almoço ou jantar para me ver cheio e corado, necessidades que passou quando poderia ter uma vida boa e confortável. quando eu encontrar com Deus, vou pedir a Ele para ser da Senhora de novo. tive poucos momentos felizes nessa vida mas a oportunidade de ter crescido ao seu lado, mesmo tendo feito eu tantas coisas erradas, será sempre minha maior felicidade. um dia saí do Seu lado e fui vadiar pelo mundo. andarilho, fuçador... mesmo com tantos encontros e acontecimentos por essas estradas jamais encontrei um sentimento como o da Senhora. nada real e puro. nada natural e santo. não me formei doutor e nem me formei em nada como a Senhora sonhava, porém, jamais diminuiu seu encanto, amor e admiração por mim. cresci ciente de que, o que tenho de mais belo e divino de mim, herdei da Senhora; meu senso de justiça. foi minha melhor escola ter crescido ao seu lado e presenciado sempre seu senso de justiça, de nunca ser conivente com “a ou b” e sempre de portas e braços aberto para receber aqueles que a procuravam. mesmo com o Seu amor e proteção, Sua mão sempre pesava sobre mim quando eu cometia algum deslize. milhares de deslizes cometi. a criança reta que fui e o adulto torto que me transformei não a afastou de mim nem por um breve piscar de olhos. os momentos mais dolorosos que passei se deu quando me afastei da senhora tomado pelo mundo. tive algumas mulheres dona Tereza. belas. jovens. nenhuma, em nenhum momento, me fez dormir com o calor e a certeza do amor como o que emanava da senhora nas noites tempestuosas e nas noites de brandura. retornando a sua divindade, são tantos os momentos santos da Senhora que guardo comigo, seu coração do tamanho do mundo querendo abraçar a todos mesmo com tantas limitações que possuía. Sua lealdade amiga. Seu companheirismo a todos em todos os momentos. e a Sua fé sempre acompanhada de muitas obras. Suas constantes defesas em favor das noras mesmo quando elas estavam erradas e o seu argumento que elas não tinham familiares próximos ou que elas haviam abdicado das famílias delas por nós. é dona Tereza, cadê essas noras agora? cadê nós, Seus filhos agora?

cadê Teu filho frouxo e poeta que nunca conseguiu Lhe escrever um poema?
mãe, não sei e nem consigo escrever poemas divinos. minha limitação do conhecimento me inibe em escrever algo para alguém com tamanha grandiosidade como a senhora.
poucas foras as vezes em que Lhe fiz sentir orgulho de mim mas a senhora será sempre o meu referencial de honestidade, caráter, honradez, humanismo, pureza, lealdade e humildade e peço a deus que eu possa passar ainda muitas primaveras ao Teu lado pois, esse filho torto ainda precisa aprender muito com a Senhora e ser feliz.

te amo dona Tereza

te amo mãe.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

01 grito p/ 01 kara q amo

[ p/ aroldo pereira]

“entre os joãos
amo 01 certo aroldo
q pulou do ventre da juscelina”


fala meu irmão, nem poesia nem psiu
apenas os berros e o kaos.
enquanto o mst destrói os laranjais
nenhum beijo azul em nós
nessa cidade cÚ, de povinho cÚ
onde o lazer é falar da vida alheia.
essa cidade que o seu pt governa a anos
é alérgica a cultura e “pensamentos” quase que em sua totalidade
de grande aqui, apenas a cidade
porque o cidadão...
duvida? Faça 01 teste
propositalmente esqueça alguns exemplares do dummond, do guimarães rosa, do joão cabral, do manoel de barros, do ferreira gullar e alguns cds da adriana calcanhoto, do boca livre, do 14 bis, do beto guedes, do milton nascimento... deixe sobre 01 banco de praça.
volte meia hora depois.
as "divinas obras" (assim como as nossas)  não estarão mais lá.
ou estarão num desses latões de lixo ou picotados e quebrados numa dessas usinas de reciclagens.
chora não poeta
estou voltando sem me corromper ao funk, axé e,
sem me render ao bando do “falar da vida alheia...”
aroldo, brindemos sempre montes claros nessas nossas taças de vinho.
montes claros sim é poesia, teatro, dança, música, plásticas
montes claros sim tem gente...
poeta, somos menores em idh comparados a eles mas estamos anos luz a frente em conteúdo humano.

um beijo meu irmão, te amo.
estou voltando.

ps.
você patrocina o vinho quando eu chegar.


MPFDLC (mopefimdolicú)
movimento pelo fim do lixo cultural



in tolerância

salve o mundo.
destrua
01 cd de funk
e 01 de pagode.

destrua mais e seja um heroi.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ú

nesse dia de cÚ
nessa cidade de cÚ
tudo avesso nesse povinho do cÚ
nada plural como o Ú do cÚ.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

minina de meus olhos

seja
seja minha
mais que um beijo apenas
seja alma
nesse universo pequeno
seja meu mundo
num doce sereno
seja orvalho
que suaviza meu caminhar.

moça bonita

deixa eu sentar
nesse canto que é nosso
e olhar você enquanto sonho com o mundo
porque so assim sei
que viver vale a pena cada segundo.

sábado, 8 de agosto de 2009

in tolerância


[para adriana calcanhoto]


salve o
mundo.
destrua
01 cd
de funk
e
01 cd
de pagode.

destrua mais e seja um heroi.

matinê, ibiscos e parangolivro

[para dayvson fabiano]


é meu irmão
hoje é sexta feira que não é 13
e nem proseamos caminhando pela rua dr. santos
não estou em montes claros
não estou em são paulo
e em nenhum canto de guarulhos.
eu não vi nenhuma estrela cadente
nenhum pedido atendido
todos os olhares perdidos
meu poema sujo se perde
nas mesmices desses dias.
meus outros filhos estão longe
aninha, mesmo tossindo
dorme docemente.
não fui ao encontro
não ouvi nenhum blues
não li nenhum livro
não troquei nenhuma figurinha.
burro velho que não aprende
minha cabeça mais zonza
que os toscos desse canto
é meu irmão
tudo louco
como o clima dessa cidade louca
de pessoas pouco humanas
cheias de sorrisos frios
e a moça que olhou pro céu [diabos também olham pro céu]
quando perguntei onde era o poupa tempo
que fila
não tirei a carteira de trabalho
porque esta não ficou em goiânia
mas segunda branca a saga continua
não estou em montes claros
não estou em são paulo
e em nenhum canto de guarulhos.
mesmo com medo, quantas moças bonitas meu irmão
moças ao agrado de todos os tipos de necrófilos
enquanto como mineirinho que sou
ainda aguardo minha moça nordestina nascida em são paulo.
hoje não ouvi 1 blues.
pensei em você esta tarde meu irmão
e seu sotaque em meu ouvido
afastou meu medo dos zumbis.
meu irmão, quando nos encontrarmos em moc*
[*montes claros]
entre prosas e café
além de nossas meninas
além de nossos morros
e da morte anunciada da bezerra
vamos falar de darcy e do clube da equina
derrepente a gente esquematiza um sarau
e o wander nosso anfitrião, liga e organiza a roda, a prosa e o violão.
não estou em montes claros
não estou em são paulo
e em nenhum canto de guarulhos.
meu irmão, eu não tive irmãos
mas tenho amigos ricos como o cerrado.
não estou em montes claros
não estou em são paulo
e em nenhum canto de guarulhos.
não fui ao cinema
não assisti e o vento levou
mas jurei nunca mais escrever poesias de guerra.
sorte minha que juras de poetas vale tanto quanto nota de 3,00
esta semana ainda não matei ninguém
estou piedoso
mesmo com os merdinhas
que escutam funk e pagode.
não estou em montes claros
não estou em são paulo
e em nenhum canto de guarulhos.
meu irmão
ainda não tirei meu passaporte
ainda não fui pra áfrica
não conheci manaus
e pior, não matei o presidente.
quando estivermos caminhando pela rua dr. veloso
vamos desafinar num som do tim e do beto guedes.
meu irmão
diga ao wander que estou a 2 meses
sem rivotril ou bromazepam
mas so não me garanto pelo dia de amanhã
amanhã será sábado de lua cheia
e nesse giro da lua
os loucos saem de suas clausuras
e soltam as máscaras com o abono do gardenal
lobos uivam pra lua
loucos berram pelas ruas.
não estou em montes claros
não estou em são paulo
e em nenhum canto de guarulhos.
meu irmão
ainda não tomei aquele vinho
apenas uma cerveja neste fim de tarde
para aliviar o cansaço
e despoluir meus ouvidos dos berros
aqui ninguém para falar de poesia
para ouvir música
nem para assistir o por do sol.
para que tantas varandas
nesses apartamentos se ninguém aprecia o por do sol?
é poeta, nada fácil.
não estou em montes claros
não estou em são paulo
e em nenhum canto de guarulhos
estou aqui pra dizer que te amo meu irmão.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A PONTE

[para anibal beça]


seja você
não perde a hora
passe a bola
não tenha receio
arrisque de vez
olhe pra frente
não faça rodeios
caminhe sem medo
o tempo passa
mate os fantasmas
não se atrase
ou poderemos chorar
acelere os passos
não somos crianças
os sonhos não envelhecem
aqui somos mortais
no sono o descanso
acordado os sonhos
num minuto um beijo
noutro um adeus
tic tac lembra o relógio
a luta não para
pobre pagão
morre indigente
mesmo chorando
não bebe seu leite
plante uma flor
cultive as abelhas
e se tivermos sorte
sem medo da morte
um brinde há vida.

segunda-feira, 30 de março de 2009

quinta-feira, 19 de março de 2009

[ana victória]

____amor
____nosso poema tão curto
____pode ser imortal
____basta duas coisas
____eu nunca esquecer de você
____você nunca esquecer de eu.

quarta-feira, 18 de março de 2009


um dia
em algum lugar
rolou um rock
não foi par
mas durou alguns segundos.
um filme batido
um roteiro fictício
sem bilheteria.
[talvez esse tenha sido o meu crime]

sábado, 14 de março de 2009

Sejamos Loucos

O louco, um sonhado crônico, é o guerreiro que como disse o poeta, percorre primeiro os caminhos que os normais cruzarão algum dia. Isso, se ousarem. Louco é a melhor referência que a mim podem oferecer. Se somos loucos não sei. Se o que sou é ser louco que eu morra assim, louco. Completamente louco. Quero a sensibilidade dos loucos e a sua doçura. Se o guerreiro é um louco, que sejamos loucos. Se a luta por um mundo justo e igualitário é ser louco, que permaneçamos loucos. Para que eu me torne humano tenha que ante ser louco, assim o serei até o fechar dos olhos para continuar noutro canto qualquer. Sejamos então, loucos para que mudanças aconteçam. Ahhhh... Se os loucos fossem a massa do mundo, seria tudo bem mais colorido. A África seria banhada pela fartura. A América do Norte seria mais irmã. A América do Sul seria mais ousada e o oriente seria o mar da liberdade. Se fossemos todos loucos não precisaríamos de bíblia ou alcorão. Se fossemos todos loucos não precisaríamos criar mitos para cultivá-los.
Se fossemos todos loucos não precisaríamos de um pergaminho para saber que Deus existe. Os loucos descobrem o Deus no balançar das árvores. O louco sente Deus na mansidão do rio que corre e nas ondas aeróbicas dos mares. Os loucos vêem Deus no olhar de amor. Os loucos sempre dizem “Eu te Amo”. Dizem até para o estranho que chega. O louco não mata. O louco sobe em prédios em chamas para salvar vidas humanas e vidas animais. O louco não escora no barranco. Os loucos, com as mãos nuas reviram a terra tombada pelos morros em busca de sobreviventes. A louca não aborta. A louca sorri diante a dor do parto ou, até mesmo, se sacrifica para que essa vida sobreviva. O louco troca o valor das $$ pelo valor de um abraço. O louco não esconde o prato e sim divide o pão. O Louco senta no chão, namora de baixo da lua e se sente pleno apenas com o "leve tocar" da pessoa que ama. O louco cultiva jardins e não desiste do sorriso no rosto alheio.O louco vive a harmonia nos diferentes e nas diferenças.Sejamos então, humanos e loucos.
Sejamos loucos.
Sejamos loucos.
Sejamos loucos até o cair da última folha.

(Primavera/2007)

[Replay]
Dias nostálgicos são tantos e estes deixo apenas pra mim e não divido, guardo em meu armário ou divido com a vitrola ouvindo Tim Maia. Hoje estou muito feliz mesmo ainda não tendo beijado Ana Clara e Luã. Olhei pros lados e descobri que a vida é mais que retas e chocolates. Descobri que são as curvas que nos mostra a importância da vida e nos mostra os verdadeiros amigos. Cada curva um buraco que traz um susto e estes sustos que nos amadurecem e nos ensina o que é ser pai, filho, irmão, marido, esposa... Mesmo triste sei que posso cantar e Gonzaguinha insiste que cantar e cantar... bom, não tenho vergonha em ser feliz.Trago nesta voz grave sempre o meu grito de guerra seja outono ou inverno. Sou torto por natureza. É torta a minha essência e como brinca Nícolas Behr "Nem tudo que é torto é errado, vejam as pernas do Garrincha e as árvores do cerrado", tendo lido saberão que sou a perfeição. Maíni vive. Existe flores e olores por estes jardins. Entre estas cifras, claves e uma voz desafinada, meu canto entoa a canção do amor eterno. Dona Tereza tá logo alí, mesmo frágil em suas oitenta primaveras, sei que basta que eu ou um dos nove solte um "ai" e la se levanta a mulher e arrasta um caminhão. Ana Clara, Ítalo, Luã e Ana Victória fazem carnaval e colorem minhas manhãs cinzentas mesmo quando não acordam comigo e suas fotografias tem mais poderes que templos, celuloses, batinas e capelas. Deus é meu amigo, brinca comigo no invisível universo do meu quarto e quando penso em parar, Ele me cutuca sorrindo e diz; sua vez Jurandir. Prometi a Deus que vou montar uma coleção de carrinhos em miniatura pra gente brincar mais.
Dão, Faleceu. Meu amigo gay mais hetero que conheci. Dão tava sempre alí entre um alô e outro mas sempre a brincar de vida. Ele cuidando da dele enquanto os outros...
São Paulo é punk e minha alma sertaneja na selva de pedra se acalma ouvindo Agreste.O sertão é new age e Enya não conhece o sertão amarelo das Gerais... Quem não conhece Agreste, Raizes e Dricca Oliveira não conhece new age.Renato Manfredini Jr e Raul Santos Seixas new age.
Enquanto isso, no país de alice, vou perdendo a minha audição.
E agora o que fazer?
♪♪♪ Cantar e cantar e cantar...♪♪♪
Hummm... mais uma palhinha♪♪♪
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...♪♪♪
Mas enquanto nada muda no país de alice,
...eu fico com a pureza das respostas das crianças:
É a vida! É bonita e é bonita!

terça-feira, 10 de março de 2009

[minha amiga ana victorino]

fim de round
1 nocaute
ainda não desisti
catrumano volta pro cerrado
megalópole fica pra traz
e num
silêncio
1 adeus
sem
1 retorno.
provocações
seu arroz com feijão
e
muitas vezes
ou
quase sempre
me perdia nesse jogo.
o jogo
guerra/inferno
santo/carandirú
e a parede
entre eu e o nada.
tereza nem sonha
o carnaval nesse kaos
quem canta os males espanta
1 poema e 1 inimigo ganha
pedras no telhado
cacos pelo chão
passado/pau/de/galinheiro
e ainda falar da vida alheia.
amanhã vai ter sol.
amanhã vai ter sol.

segunda-feira, 9 de março de 2009

HOMENS X RATOS

[para john malkovich]

não vim ao mundo para jogar confetes
minha poesia não é para fazer média
ou ficar em cima do muro
quando não meto o dedo na ferida
chuto o pau da barraca
ou dou um bico na canela.



HIPOCRÉTICA 23

[para Aroldo Pereira]

diante a platéia
o kara chora
a mortede 01 amigo
e quando chega em casa
coagi a esposa
para mais 1 aborto.

divino

o amor é par
mas só vale quando
01 + 01
o amor nunca é ímpar
nunca 01 e nem 03
divino só quando 02.

[silêncio]

...mais uma vez
sonho rompido
tezão perdido
01 colchão no chão.

domingo, 8 de março de 2009

Zifina

sobre o sofá
bolsa montadas
já dizem tudo.
o meu/seu/nosso nosso tempo
perdido
não teremos de volta
nem será ressarcido.
mais que gritos e beijos
uma relação murro de faca
e eu nada aprendi.
eu cantava - você debochava
eu sorria - você virava a face
eu sonhava - você me ignorava
eu lhe era seu - você...

quinta-feira, 5 de março de 2009


[Wander]

...e os sonhos que eram rubros
viraram um orgasmo murcho.

[LETRAS PARA IGOR XAVIER]

igor vive
e eu sonhando nesse kaos.
sonhar,
mesmo que os galhos
já estejam secos.

LUTO DE EROS

...ecos, becos
uma dissonância
um corpo nú
um orgasmo frio
gemido q era
agora virou dor.

[onde?]

meu coração
passeia
pela dimensão da sua essência.
Livre, Leve, solto...
e segue... e busca... e canta...
e não desencanta...

[no invisível]

Quero Flores vermelhas
........................................ter você em meu jardim
Quero um cavalo branco, de plástico
.......................................ser teu principe encantado
quero um macacão de bebê
.......................................e sermos pares e ímpares

HIPOCRÉTICA 17

quando a casa cai
gardenal é fachada de boca de fumo.

[falcão s. r]

um dia
escrevi um poema de amor pra zifina,
não sei quem gostou menos...
se ela ou eu.

[anderson frasão]

fanstasma existe e é fato
xuxa nua é como a puta da rua
nem mais ou bem menos
o divino não adicionou confetes
no meu saco escrotal
o que vendo aqui
você encontra no mercado
abobrinha
um detalhe:
a do mercado
não explode.

Ana Flôr

o rock
que rolana vitrola
não é uma anunciação
de um adeus vou me embora.
chora não
volto pro cerrado, roer pequí/cantar viola
no meu peito teu calor
nos meus olhos o seu retrato.


[moça]

ZERAR ESSE PLACAR
RECOMEÇAR O KAOS.

[ana victória]

____amor
____nosso poema tão curto
____pode ser imortal
____basta duas coisas
____eu nunca esquecer de você
____você nunca esquecer de eu.