sábado, 23 de março de 2013

para karla celene campos


um discurso na ponta da língua
uma bala no dedo que aponta
é da espécie que caminha vertical
cheios deles e cênicos pelas ruas
natural é sentir medo
não são humanos, são homens
ensaios de demônios em terra santa de deus.
meus heróis morreram em vão
o meu sertão não virou mar
04 dedos e o seu curral
é  compadre daquele que não é parente
e em nada próximo, do águia de haia.
berra berra berra vaca
itaquerão é o futuro da nação
berra berra berra vaca
em 2015 acordaremos no primeiro mundo
poetas poetas poetas
a consciência é como um cu
nem todos fodidos
onde muitos nem com todo shampoo íntimo,
deixa de feder merda.

ó deus salve casa santa
ó deus salve casa santa
ó deus salve casa santa
deixai apenas os animais
oiá

terça-feira, 19 de março de 2013

o marginal


sou esse vagabo confesso
assumidamente dependente de beijos
e com olhos que descansam
em todos os sorrisos alheios
sou vagabo por completude
por completo é o meu amor
me agrada é calor de alma
não apenas de entranhas
sou tão mais feliz quando ouço sua voz
diferente, de quando estou em outras camas
sou vagabo por vontade divina
só Deus sabe, eu não sei porque
nasci assim,
banco de praça
dedo de prosa
causos de roça
cheiro de chuva
terra molhada
abraço amigo
comunhão de sonhos
café com pão
todos iguais
sou vagabo.
e sempre braços abertos

sábado, 9 de março de 2013

depois de amanhã


tristeza de fim de semana
não estou em montes claros
não estou na melo viana
minhas plantas ainda não brotaram
minha tulipa caiu as flores
sozinho entre 11 milhões de habitantes
48h para segunda feira.
quero ser é jurandir
vagabo de olhos caídos
que a tempos não espreitam
a lua a meia noite
e as negras pelos dias.
que fique bem claro
quero ser comido pelos relevos
não pela tinta da caneta
por ora
basta desta poesia com cheiro de mulher
quero é mulher com efeito de poesia

quinta-feira, 7 de março de 2013

conjugação


é suficiente o toque
para acordar o instante
é calor de pele.
o fogo das entranhas
no gozo das entrelinhas