quinta-feira, 30 de setembro de 2010

chaves

e agora?
estou mais perdido que antes.
onde sou estranho?
porque aqui me acanho.
ou seria
a ausência do seu beijo
me matando?

sexo

meus
olhos procuram
teus olhos
que
noutros
cantos
não encontram.
que foda isso maria.

ssssssssseu

beat
bate
kerouac bate
ginsberg bate
bate chico beat science
bate um frio beat na coluna
beat o tesão bate
bate maria luzinete de sousa beat
beat os corpos na cama bate
bate 01 gozo beat
beat 05:45 avenida paulista bate
bate sua cabeça no meu peito beat
beat meu coração bate.
bate sua foto em meus olhos beat
beat sua boca bate
bate o desejo beat de amar você.
aonde vamos srita. maria luzinete de souza?
que rumos me levam teus cabelos essa noite?

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

lençóis e lama

meu berço
ocre
catrumano etéreo
não se rende
numa
luta insana na selva
de pedra.
eu crédulo
no crer de tereza
sem rendições
nesse canto que não é meu.
nesse povo que não é meu.
nessas paredes
que não falam do meu passado.
nesses desencontros
onde me perco quando te vejo.
esses lençóis sujos
não brilham os meus olhos
não me tesa em você
sem encanto/fosco/tudo fosco
nada reluz. nada é ouro.
tosco tosco tosco
eu tosco
enquanto ítalo e luã
me chamam para a vida
libertam-me
liberto-lhes da minha loucura...
03 flores murchas
que nunca simbolizaram nada
nesse 104
se despedem para amanhã.
um poema que não diz nada.
um poema que diz tudo.
um poema que não deveria ter nascido.


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

e outras vezes mais

[para valéria lins lima ragazza]

sem leite derramado
meu balde vazio ao alcance
constante dos meus pés
descompromissados
com todos e com os dias.
sem regras e cenas
sem acenos e bocas
apenas o olhar franzido descrente
de quem ainda não escreveu uma poesia.
as árvores
os filhos
os livros
e ainda mortal.
tum tun tum tun tum tun
nada reto mas ereto
se as portas se fecham
por hoje me basta as janelas abertas
beeeeeeerra gauche

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

contexto

01 filme ruim
todos os contratempos
capitu a moça vítima
me aguardando no arpoador.
ou não.
pela frei caneca rumo a paulista
desenho um retorno a montes claros
uns trocos no bolso
e nenhuma lembrança aos meus amores.
lembranças contornando minha cabeça
ora de poesia. ora de poesia.
minha amiga joaquina toda punk
mora no monte carmelo
e pariu o joão e duas trepadoras.
há meses não vou à casa da joaquina
há anos não tomamos vinho
e nem comemos ninguém.
a casa de joaquina é uma zona.
ninguém trepa lá mas é uma zona.
na santa casa vizinha trepam todos o tempo todo.
ai que inveja. ai que inveja.
enquanto isso sigo a frei caneca rumo a paulista
quantos rapazinhos alegres e serelepes
sei não viu...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

previsível

01 susto
dura 01 encontro.
a busca
solucionando desencontros.
uma pedra no caminho
olhar afoito na espreita
passa menina
tem 01 poeta na fila
perder o trem não posso
ana clara ainda não me deu a minha maioridade
cria juízo diz-me ítalo
beibi beibi beibi alforria-me
tenho que esquecer umas fotos
ou me render a modernidade
acho que vou vomitar
tem uns lances no armário.
previsível a sua imagem de amanhã
ainda não voltei pra minas
ainda não conheci o mar.
amar no mar da paraíba.
ou não.
volto ao susto inicial
nem bate e bem beat
punk as imagens.
sem acordos. sem rendições.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

são paulo até +

de novo um placar desfavorável
são paulo leva outro round.
rir não são paulo
o sertão é logo alí
e volto na proxima estação.

contemporâneo

sem tiro, sem grito
-uma canção de despedida?
-todos nessa cama?
-não entro nessa festa.
um dia frio
a tv ligada e sem som
tão perto/tão longe
domingo ainda distante
não liguei para gg.aa
não escutei suas dores
uma flor no telefone.
faremos um filme
a nossa trilha de ninar
na dimensão de 01 abraço.
o avião. 19:50h. 19/09
derrepente seja o meu forte

guarde bem guardadinho

quando você me olha e diz;
deita aqui...
ahh neguinha, demoro não.
estou aqui.
ei neguinha,
tem uma coisa minha em sua mão.
ei neguinha,
me guarde no seu cofrinho?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

assim e assado

quando tiveres algum problema,
quero fazer parte da sua vida.
seus problemas também serão os meus,
não dormirei pensando naquilo que tira seu sono.
assim morre o EU e nasce o NÓS.


“as vezes tento mesmo não devendo, entender Deus. tento entender porque ainda existe a raça humana. é tão sem sentido essa existência. essa espécie nula. entre máscaras e acordos, o faz de conta dos torpes. a arte subjetiva tapa a boca desse espécie tão abstrata. não faço acordos. não traço planos. não me rendo. posso até morrer um gauche mas jamais um puto. por amor morri em 1999. por amor morri em 2006. por amor renasci em 2010. outras mortes poderão vir. sempre ressurgirá uma fênix. não desenho o meu caminhar sobre o pensar alheio sobre mim. desenho os meus caminhos e todos os seus contornos ao som e cores das pessoas que amo. o passado nunca se faz presente no meu presente. o meu futuro quero que aconteça sem premeditações. quero correr os riscos. assim saberei que realmente mais que respirei, vivi.”