quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

atenção

.
meu pensamento
nunca está voltado pro poema.
hora passeia pelo kaos
hora se completa nas meninas.
daí sim
nasce o poema.

sábado, 12 de dezembro de 2009

ainda não escrevi um blues

quero um poema
com melodia de gáita
com gosto de beijo na boca
e de preferência
com os gostos dos beijos que ainda não dei.
ana clara já moça me olha
manhosamente
e numa cartinha manuscrita me declara seu amor.
ana clara que tenho visto tão pouco. essa moça linda. minha.
dona tereza depois de tantos anos foi passear
foi a sorveteria se lambuzar do sabor que a tempos não vive
enquanto eu vadio e mais perdido que antes
nem sei onde estou.
goiania me espera nesse fim de semana
carteira de trabalho no bolso e os amigos pra rever.
hoje fiz uma declaração de amor. meio tímido como sou. totalmente tímido.
declarei a mim mesmo me amar sempre
preparando meu espírito pra moça que ainda vai aparecer.
betinha antunes linda, leve, solta e soltando a voz
ta em mim até agora
e nem vi o maza me chamando para ir embora
maza é o lord que sem cavalo
tem uma princesa linda e é feliz.
hoje não vou cantar um blues.
hoje vou fazer amor comigo mesmo dentro de um blues.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

para uma noite feliz/que seja essa

hoje pode ser outra
noite
não se faz necessário uma trilha sonora
apenas se faz necessário algumas brincadeiras
acessórios não entram nesse fetiche
apenas o meu/e/o/seu corponúsobreacama.

domingo, 6 de dezembro de 2009

o girassol

eu nú
num round
com o universo
Deus nas margens
da linha
repreendendo
o poeta torto com gosto de pequí
e o amarelo num canto da boca.
luta feia
NADA vs NADA
elevado ao quadrado
e um saco vazio.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

beijos e insites

gosto desses dias frios
poesia nasce mais simples
e fácil.
caminhar na madrugada assoviando um blues
pensando na menina.
o kaos fica sempre pra trás
adiante os meus desejos
cabecinha fresca e nos lábios
o gosto do beijo recente da menina.
não fizemos amor
mas nos destruimos num beijo punk.
sem hora/data marcada
vai rolar disse ela.
eu deixo acontecer
mas o que eu queria mesmo
é que acontecesse todos os dias
e que assim como a poesia
seu corpo me queimasse todos os instantes.

fuxicos

apenas queria saber
porque fofoqueiros e afins
não morrem nunca.

...ninar

uma repetida canção de ninar
olhos curiosos tombados
pelo sono
a saudade anunciada
que já bate no peito.

m a s t u r b a ç ã o

brasília cabe tão bem
na palma da mão dos putos
e debaixo do chinelo das putas.

sinta...

se você olha para o amor,
eis-me aqui.
busco pouco.
a verdade nos olhos
a lealdade nos dias
e que as noites sejam nossas.

detalhe

[para emma shapplin]


"o dilema do poeta

é muito além do amor ausente.

está presente no veneno

do corpo que ao lado dorme."

sábado, 24 de outubro de 2009

so para dizer que te amo

[p/ wander soares]


um banco de praça
essas árvores sem micos
todo esse cimento entre essas gramas
o que deveria ser verde é cinza.
nenhum balé
nenhum café com poesia
igor dança pro divino
celinho e suas palhinhas pros querubins
gabrielzinho azarando as enfermeiras cuidadoras de almas
e algum anjinho safado a nos molhar com orvalhos.
esse coreto assassinado
sem nenhuma graça
essa praça sem nenhum charme
mesmo assim tomando conta de mim
ou de nós
ou dos divinos em essências.
somos puros?
acho que não. não quero ser puro.
o que quero mesmo é fazer amor.
aqueles degraus, aquela escada
que antes tantas bundas pousavam alí
bundas de poetas, bundas de músicos, bundas de atores
bundas de bailarinos...
essa é a nossa casa ou a nossa casa é a noite?
saudades de joão rodrigues e seus vinhos almadén
dona iara também.
brutos, corta essa de fazer meu filme
para os seus amigos alegres
ou ganha um cascudo qualquer dia desse.
deixe/abandone esses jeitos
deixa o wander viver
ou o centauro ou sei lá o quê...
XVI anos nosso filme
poesia/cinema/rock n roll.
você o único
a me jogar as verdades na cara
nú, crú, sem dó ou cuspe
eu ouvindo sempre calado
que assim seja
amém...
me diz uma coisa brutos,
tem outro amigo tão chato como eu?
precisa responder não
porque o que importa mesmo
é que eu te amo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

[ameaça de morte]

para o eixo do mal
a ameaça de morte
é uma tristeza
quando não enxergam o medo
no olho do outro.

sábado, 17 de outubro de 2009

sempre depois da meia noite

a vida lateja
o meu pulso frio
a sina da cama suja
na dissonância dos dias.
meu olhar  nada divino
segue o caminhar da moça
enquanto desço essas vielas tristes.
eu.
eu.
nesse desencontro
não há tezão ou sonhos que resistam
e todos os planos morrem
após os shows ao fim do dia.

[hoje]

[o bem vence o mal?]

ja ouvi isso algumas vezes
e talvez tenha sido assim algum dia
hoje o mal é organizado
facções de vários gumes
corporativos em suas permutas defensivas
matam, estupra, ferem, difamam
e saem vítimas.
num canto, isolados
os raros que ousam cutucar a podridão
vez ou outra
num suicídio cutucando as putas
e cabeças santas em bandeijas
deleites dos satânicos.

heróis não são os que vencem as guerras.
heróis são os que não se rendem ao mal.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

a carta p/ a única mulher que soube/sabe me amar

[p/ dona Tereza, minha mãe]



“a 19 anos venho travando uma luta
com a caneta e o papel
em tentativas vãs de fazer nascer o poema
que deixe claro o que sinto por ti”



é dona Tereza, a tantos anos a Senhora não canta mais uma canção de ninar para mim, mas Deus, perfeito, traz-me aos ouvidos todas as noites, Sua voz cansada e quase abatida mas sempre com aquele universo de amor.
e sinto Seu cheiro.
e sinto a Sua pele.
e sinto o Seu calor.
e sei que vivo na Senhora assim como a Senhora vive em mim. dona Tereza, é tudo tão nítido nas minhas lembranças dos momentos que passamos. vivemos tantos filmes lindos e tantos tristes. eu e minhas crises de febres na infância e a senhora noite toda me medicando com seu amor e atenção. a vida que a senhora abdicou para poder me ter quando os outros não me queriam e eu criança sem entender. e quantas vezes a senhora se desfez do almoço ou jantar para me ver cheio e corado, necessidades que passou quando poderia ter uma vida boa e confortável. quando eu encontrar com Deus, vou pedir a Ele para ser da Senhora de novo. tive poucos momentos felizes nessa vida mas a oportunidade de ter crescido ao seu lado, mesmo tendo feito eu tantas coisas erradas, será sempre minha maior felicidade. um dia saí do Seu lado e fui vadiar pelo mundo. andarilho, fuçador... mesmo com tantos encontros e acontecimentos por essas estradas jamais encontrei um sentimento como o da Senhora. nada real e puro. nada natural e santo. não me formei doutor e nem me formei em nada como a Senhora sonhava, porém, jamais diminuiu seu encanto, amor e admiração por mim. cresci ciente de que, o que tenho de mais belo e divino de mim, herdei da Senhora; meu senso de justiça. foi minha melhor escola ter crescido ao seu lado e presenciado sempre seu senso de justiça, de nunca ser conivente com “a ou b” e sempre de portas e braços aberto para receber aqueles que a procuravam. mesmo com o Seu amor e proteção, Sua mão sempre pesava sobre mim quando eu cometia algum deslize. milhares de deslizes cometi. a criança reta que fui e o adulto torto que me transformei não a afastou de mim nem por um breve piscar de olhos. os momentos mais dolorosos que passei se deu quando me afastei da senhora tomado pelo mundo. tive algumas mulheres dona Tereza. belas. jovens. nenhuma, em nenhum momento, me fez dormir com o calor e a certeza do amor como o que emanava da senhora nas noites tempestuosas e nas noites de brandura. retornando a sua divindade, são tantos os momentos santos da Senhora que guardo comigo, seu coração do tamanho do mundo querendo abraçar a todos mesmo com tantas limitações que possuía. Sua lealdade amiga. Seu companheirismo a todos em todos os momentos. e a Sua fé sempre acompanhada de muitas obras. Suas constantes defesas em favor das noras mesmo quando elas estavam erradas e o seu argumento que elas não tinham familiares próximos ou que elas haviam abdicado das famílias delas por nós. é dona Tereza, cadê essas noras agora? cadê nós, Seus filhos agora?

cadê Teu filho frouxo e poeta que nunca conseguiu Lhe escrever um poema?
mãe, não sei e nem consigo escrever poemas divinos. minha limitação do conhecimento me inibe em escrever algo para alguém com tamanha grandiosidade como a senhora.
poucas foras as vezes em que Lhe fiz sentir orgulho de mim mas a senhora será sempre o meu referencial de honestidade, caráter, honradez, humanismo, pureza, lealdade e humildade e peço a deus que eu possa passar ainda muitas primaveras ao Teu lado pois, esse filho torto ainda precisa aprender muito com a Senhora e ser feliz.

te amo dona Tereza

te amo mãe.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

01 grito p/ 01 kara q amo

[ p/ aroldo pereira]

“entre os joãos
amo 01 certo aroldo
q pulou do ventre da juscelina”


fala meu irmão, nem poesia nem psiu
apenas os berros e o kaos.
enquanto o mst destrói os laranjais
nenhum beijo azul em nós
nessa cidade cÚ, de povinho cÚ
onde o lazer é falar da vida alheia.
essa cidade que o seu pt governa a anos
é alérgica a cultura e “pensamentos” quase que em sua totalidade
de grande aqui, apenas a cidade
porque o cidadão...
duvida? Faça 01 teste
propositalmente esqueça alguns exemplares do dummond, do guimarães rosa, do joão cabral, do manoel de barros, do ferreira gullar e alguns cds da adriana calcanhoto, do boca livre, do 14 bis, do beto guedes, do milton nascimento... deixe sobre 01 banco de praça.
volte meia hora depois.
as "divinas obras" (assim como as nossas)  não estarão mais lá.
ou estarão num desses latões de lixo ou picotados e quebrados numa dessas usinas de reciclagens.
chora não poeta
estou voltando sem me corromper ao funk, axé e,
sem me render ao bando do “falar da vida alheia...”
aroldo, brindemos sempre montes claros nessas nossas taças de vinho.
montes claros sim é poesia, teatro, dança, música, plásticas
montes claros sim tem gente...
poeta, somos menores em idh comparados a eles mas estamos anos luz a frente em conteúdo humano.

um beijo meu irmão, te amo.
estou voltando.

ps.
você patrocina o vinho quando eu chegar.


MPFDLC (mopefimdolicú)
movimento pelo fim do lixo cultural



in tolerância

salve o mundo.
destrua
01 cd de funk
e 01 de pagode.

destrua mais e seja um heroi.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ú

nesse dia de cÚ
nessa cidade de cÚ
tudo avesso nesse povinho do cÚ
nada plural como o Ú do cÚ.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

minina de meus olhos

seja
seja minha
mais que um beijo apenas
seja alma
nesse universo pequeno
seja meu mundo
num doce sereno
seja orvalho
que suaviza meu caminhar.

moça bonita

deixa eu sentar
nesse canto que é nosso
e olhar você enquanto sonho com o mundo
porque so assim sei
que viver vale a pena cada segundo.

sábado, 8 de agosto de 2009

in tolerância


[para adriana calcanhoto]


salve o
mundo.
destrua
01 cd
de funk
e
01 cd
de pagode.

destrua mais e seja um heroi.

matinê, ibiscos e parangolivro

[para dayvson fabiano]


é meu irmão
hoje é sexta feira que não é 13
e nem proseamos caminhando pela rua dr. santos
não estou em montes claros
não estou em são paulo
e em nenhum canto de guarulhos.
eu não vi nenhuma estrela cadente
nenhum pedido atendido
todos os olhares perdidos
meu poema sujo se perde
nas mesmices desses dias.
meus outros filhos estão longe
aninha, mesmo tossindo
dorme docemente.
não fui ao encontro
não ouvi nenhum blues
não li nenhum livro
não troquei nenhuma figurinha.
burro velho que não aprende
minha cabeça mais zonza
que os toscos desse canto
é meu irmão
tudo louco
como o clima dessa cidade louca
de pessoas pouco humanas
cheias de sorrisos frios
e a moça que olhou pro céu [diabos também olham pro céu]
quando perguntei onde era o poupa tempo
que fila
não tirei a carteira de trabalho
porque esta não ficou em goiânia
mas segunda branca a saga continua
não estou em montes claros
não estou em são paulo
e em nenhum canto de guarulhos.
mesmo com medo, quantas moças bonitas meu irmão
moças ao agrado de todos os tipos de necrófilos
enquanto como mineirinho que sou
ainda aguardo minha moça nordestina nascida em são paulo.
hoje não ouvi 1 blues.
pensei em você esta tarde meu irmão
e seu sotaque em meu ouvido
afastou meu medo dos zumbis.
meu irmão, quando nos encontrarmos em moc*
[*montes claros]
entre prosas e café
além de nossas meninas
além de nossos morros
e da morte anunciada da bezerra
vamos falar de darcy e do clube da equina
derrepente a gente esquematiza um sarau
e o wander nosso anfitrião, liga e organiza a roda, a prosa e o violão.
não estou em montes claros
não estou em são paulo
e em nenhum canto de guarulhos.
meu irmão, eu não tive irmãos
mas tenho amigos ricos como o cerrado.
não estou em montes claros
não estou em são paulo
e em nenhum canto de guarulhos.
não fui ao cinema
não assisti e o vento levou
mas jurei nunca mais escrever poesias de guerra.
sorte minha que juras de poetas vale tanto quanto nota de 3,00
esta semana ainda não matei ninguém
estou piedoso
mesmo com os merdinhas
que escutam funk e pagode.
não estou em montes claros
não estou em são paulo
e em nenhum canto de guarulhos.
meu irmão
ainda não tirei meu passaporte
ainda não fui pra áfrica
não conheci manaus
e pior, não matei o presidente.
quando estivermos caminhando pela rua dr. veloso
vamos desafinar num som do tim e do beto guedes.
meu irmão
diga ao wander que estou a 2 meses
sem rivotril ou bromazepam
mas so não me garanto pelo dia de amanhã
amanhã será sábado de lua cheia
e nesse giro da lua
os loucos saem de suas clausuras
e soltam as máscaras com o abono do gardenal
lobos uivam pra lua
loucos berram pelas ruas.
não estou em montes claros
não estou em são paulo
e em nenhum canto de guarulhos.
meu irmão
ainda não tomei aquele vinho
apenas uma cerveja neste fim de tarde
para aliviar o cansaço
e despoluir meus ouvidos dos berros
aqui ninguém para falar de poesia
para ouvir música
nem para assistir o por do sol.
para que tantas varandas
nesses apartamentos se ninguém aprecia o por do sol?
é poeta, nada fácil.
não estou em montes claros
não estou em são paulo
e em nenhum canto de guarulhos
estou aqui pra dizer que te amo meu irmão.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A PONTE

[para anibal beça]


seja você
não perde a hora
passe a bola
não tenha receio
arrisque de vez
olhe pra frente
não faça rodeios
caminhe sem medo
o tempo passa
mate os fantasmas
não se atrase
ou poderemos chorar
acelere os passos
não somos crianças
os sonhos não envelhecem
aqui somos mortais
no sono o descanso
acordado os sonhos
num minuto um beijo
noutro um adeus
tic tac lembra o relógio
a luta não para
pobre pagão
morre indigente
mesmo chorando
não bebe seu leite
plante uma flor
cultive as abelhas
e se tivermos sorte
sem medo da morte
um brinde há vida.

quinta-feira, 19 de março de 2009

[ana victória]

____amor
____nosso poema tão curto
____pode ser imortal
____basta duas coisas
____eu nunca esquecer de você
____você nunca esquecer de eu.

quarta-feira, 18 de março de 2009


um dia
em algum lugar
rolou um rock
não foi par
mas durou alguns segundos.
um filme batido
um roteiro fictício
sem bilheteria.
[talvez esse tenha sido o meu crime]

sábado, 14 de março de 2009

Sejamos Loucos

O louco, um sonhado crônico, é o guerreiro que como disse o poeta, percorre primeiro os caminhos que os normais cruzarão algum dia. Isso, se ousarem. Louco é a melhor referência que a mim podem oferecer. Se somos loucos não sei. Se o que sou é ser louco que eu morra assim, louco. Completamente louco. Quero a sensibilidade dos loucos e a sua doçura. Se o guerreiro é um louco, que sejamos loucos. Se a luta por um mundo justo e igualitário é ser louco, que permaneçamos loucos. Para que eu me torne humano tenha que ante ser louco, assim o serei até o fechar dos olhos para continuar noutro canto qualquer. Sejamos então, loucos para que mudanças aconteçam. Ahhhh... Se os loucos fossem a massa do mundo, seria tudo bem mais colorido. A África seria banhada pela fartura. A América do Norte seria mais irmã. A América do Sul seria mais ousada e o oriente seria o mar da liberdade. Se fossemos todos loucos não precisaríamos de bíblia ou alcorão. Se fossemos todos loucos não precisaríamos criar mitos para cultivá-los.
Se fossemos todos loucos não precisaríamos de um pergaminho para saber que Deus existe. Os loucos descobrem o Deus no balançar das árvores. O louco sente Deus na mansidão do rio que corre e nas ondas aeróbicas dos mares. Os loucos vêem Deus no olhar de amor. Os loucos sempre dizem “Eu te Amo”. Dizem até para o estranho que chega. O louco não mata. O louco sobe em prédios em chamas para salvar vidas humanas e vidas animais. O louco não escora no barranco. Os loucos, com as mãos nuas reviram a terra tombada pelos morros em busca de sobreviventes. A louca não aborta. A louca sorri diante a dor do parto ou, até mesmo, se sacrifica para que essa vida sobreviva. O louco troca o valor das $$ pelo valor de um abraço. O louco não esconde o prato e sim divide o pão. O Louco senta no chão, namora de baixo da lua e se sente pleno apenas com o "leve tocar" da pessoa que ama. O louco cultiva jardins e não desiste do sorriso no rosto alheio.O louco vive a harmonia nos diferentes e nas diferenças.Sejamos então, humanos e loucos.
Sejamos loucos.
Sejamos loucos.
Sejamos loucos até o cair da última folha.

(Primavera/2007)

[Replay]
Dias nostálgicos são tantos e estes deixo apenas pra mim e não divido, guardo em meu armário ou divido com a vitrola ouvindo Tim Maia. Hoje estou muito feliz mesmo ainda não tendo beijado Ana Clara e Luã. Olhei pros lados e descobri que a vida é mais que retas e chocolates. Descobri que são as curvas que nos mostra a importância da vida e nos mostra os verdadeiros amigos. Cada curva um buraco que traz um susto e estes sustos que nos amadurecem e nos ensina o que é ser pai, filho, irmão, marido, esposa... Mesmo triste sei que posso cantar e Gonzaguinha insiste que cantar e cantar... bom, não tenho vergonha em ser feliz.Trago nesta voz grave sempre o meu grito de guerra seja outono ou inverno. Sou torto por natureza. É torta a minha essência e como brinca Nícolas Behr "Nem tudo que é torto é errado, vejam as pernas do Garrincha e as árvores do cerrado", tendo lido saberão que sou a perfeição. Maíni vive. Existe flores e olores por estes jardins. Entre estas cifras, claves e uma voz desafinada, meu canto entoa a canção do amor eterno. Dona Tereza tá logo alí, mesmo frágil em suas oitenta primaveras, sei que basta que eu ou um dos nove solte um "ai" e la se levanta a mulher e arrasta um caminhão. Ana Clara, Ítalo, Luã e Ana Victória fazem carnaval e colorem minhas manhãs cinzentas mesmo quando não acordam comigo e suas fotografias tem mais poderes que templos, celuloses, batinas e capelas. Deus é meu amigo, brinca comigo no invisível universo do meu quarto e quando penso em parar, Ele me cutuca sorrindo e diz; sua vez Jurandir. Prometi a Deus que vou montar uma coleção de carrinhos em miniatura pra gente brincar mais.
Dão, Faleceu. Meu amigo gay mais hetero que conheci. Dão tava sempre alí entre um alô e outro mas sempre a brincar de vida. Ele cuidando da dele enquanto os outros...
São Paulo é punk e minha alma sertaneja na selva de pedra se acalma ouvindo Agreste.O sertão é new age e Enya não conhece o sertão amarelo das Gerais... Quem não conhece Agreste, Raizes e Dricca Oliveira não conhece new age.Renato Manfredini Jr e Raul Santos Seixas new age.
Enquanto isso, no país de alice, vou perdendo a minha audição.
E agora o que fazer?
♪♪♪ Cantar e cantar e cantar...♪♪♪
Hummm... mais uma palhinha♪♪♪
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...♪♪♪
Mas enquanto nada muda no país de alice,
...eu fico com a pureza das respostas das crianças:
É a vida! É bonita e é bonita!

terça-feira, 10 de março de 2009

[minha amiga ana victorino]

fim de round
1 nocaute
ainda não desisti
catrumano volta pro cerrado
megalópole fica pra traz
e num
silêncio
1 adeus
sem
1 retorno.
provocações
seu arroz com feijão
e
muitas vezes
ou
quase sempre
me perdia nesse jogo.
o jogo
guerra/inferno
santo/carandirú
e a parede
entre eu e o nada.
tereza nem sonha
o carnaval nesse kaos
quem canta os males espanta
1 poema e 1 inimigo ganha
pedras no telhado
cacos pelo chão
passado/pau/de/galinheiro
e ainda falar da vida alheia.
amanhã vai ter sol.
amanhã vai ter sol.

segunda-feira, 9 de março de 2009

HOMENS X RATOS

[para john malkovich]

não vim ao mundo para jogar confetes
minha poesia não é para fazer média
ou ficar em cima do muro
quando não meto o dedo na ferida
chuto o pau da barraca
ou dou um bico na canela.



HIPOCRÉTICA 23

[para Aroldo Pereira]

diante a platéia
o kara chora
a mortede 01 amigo
e quando chega em casa
coagi a esposa
para mais 1 aborto.

divino

o amor é par
mas só vale quando
01 + 01
o amor nunca é ímpar
nunca 01 e nem 03
divino só quando 02.

[silêncio]

...mais uma vez
sonho rompido
tezão perdido
01 colchão no chão.

domingo, 8 de março de 2009

Zifina

sobre o sofá
bolsa montadas
já dizem tudo.
o meu/seu/nosso nosso tempo
perdido
não teremos de volta
nem será ressarcido.
mais que gritos e beijos
uma relação murro de faca
e eu nada aprendi.
eu cantava - você debochava
eu sorria - você virava a face
eu sonhava - você me ignorava
eu lhe era seu - você...

quinta-feira, 5 de março de 2009


[Wander]

...e os sonhos que eram rubros
viraram um orgasmo murcho.

[LETRAS PARA IGOR XAVIER]

igor vive
e eu sonhando nesse kaos.
sonhar,
mesmo que os galhos
já estejam secos.

LUTO DE EROS

...ecos, becos
uma dissonância
um corpo nú
um orgasmo frio
gemido q era
agora virou dor.

[onde?]

meu coração
passeia
pela dimensão da sua essência.
Livre, Leve, solto...
e segue... e busca... e canta...
e não desencanta...

[no invisível]

Quero Flores vermelhas
........................................ter você em meu jardim
Quero um cavalo branco, de plástico
.......................................ser teu principe encantado
quero um macacão de bebê
.......................................e sermos pares e ímpares

HIPOCRÉTICA 17

quando a casa cai
gardenal é fachada de boca de fumo.

[falcão s. r]

um dia
escrevi um poema de amor pra zifina,
não sei quem gostou menos...
se ela ou eu.

[anderson frasão]

fanstasma existe e é fato
xuxa nua é como a puta da rua
nem mais ou bem menos
o divino não adicionou confetes
no meu saco escrotal
o que vendo aqui
você encontra no mercado
abobrinha
um detalhe:
a do mercado
não explode.

Ana Flôr

o rock
que rolana vitrola
não é uma anunciação
de um adeus vou me embora.
chora não
volto pro cerrado, roer pequí/cantar viola
no meu peito teu calor
nos meus olhos o seu retrato.


[moça]

ZERAR ESSE PLACAR
RECOMEÇAR O KAOS.

[ana victória]

____amor
____nosso poema tão curto
____pode ser imortal
____basta duas coisas
____eu nunca esquecer de você
____você nunca esquecer de eu.